Senador pede apuração de suposta conivência do governo Lula com invasões da Embrapa pelo MST

O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, quer que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apure eventual conivência de ministros de Lula com as duas invasões do centro de pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Petrolina (PE), pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).

A Embrapa em Pernambuco foi invadida duas vezes desde o começo do governo Lula. A primeira das invasões foi há mais de três meses, durante o “Abril Vermelho”, e a outra, em 31 de julho. Nessa segunda ocasião, os integrantes do MST ameaçavam impedir a realização de um tradicional evento para agricultores familiares, o Semiárido Show. No mesmo dia, porém, as 1,5 mil famílias deixaram a área.

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Segundo Marinho, esses episódios demonstram “permissividade” do governo Lula “com as invasões de terras produtivas promovidas pelo MST, alinhado ao governo, porém em afronta à Constituição Federal”.

Em postagem no Twitter, o senador disse que “é inadmissível que a Embrapa seja alvo de invasões que prejudicam o desenvolvimento do nosso país”. “A ocupação ilegal de terras produtivas é um crime que boicota nossa economia e desrespeita o direito à propriedade, um princípio fundamental da nossa Constituição.”

Por isso, em ofício ao procurador-geral da República, Augusto Aras, Marinho requer a “apuração de uma conduta supostamente conivente dos ministros da Agricultura (Carlos Fávaro), da Justiça (Flávio Dino) e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, em relação às invasões”.

O senador também enviou ofícios a Dino, Fávaro, ao advogado-geral da União, ministro Jorge Messias, e à presidente da Embrapa, Silvia Maria Fonseca Silveira Massruhá.

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Nos documentos, ele pede “a adoção de providências no sentido de apurar o ilícito perpetrado pelos integrantes do MST e informações sobre a primeira invasão promovida pelo MST no mês de abril de 2023 e sobre as providências adotadas pelo Ministério da Justiça e pela Polícia Federal referente aos atos ilícitos perpetrados contra o patrimônio da Embrapa”.