A paralisação geral do transporte sobre trilhos na Região Metropolitana de São Paulo convocada por sindicatos segue ativa no início da manhã desta terça-feira, 28. A greve ocorre apesar de decisão da Justiça, que determina o funcionamento quase que por completo das linhas mantidas pela Companhia do Metropolitano (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
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Conforme o governo do Estado de São Paulo, nenhuma das quatro linhas operadas pelo Metrô funcionava integralmente por volta das 5h48. Muitas das estações estavam fechadas — impactando diretamente milhões de passageiros.
A linha 1-Azul, por exemplo, opera somente o trecho que vai das estações Tiradentes e Ana Rosa. A 2-Verde funciona do Alto do Ipiranga até Clínicas. A 3-Vermelha, por sua vez, funciona da estação Bresser-Mooca até Santa Cecília. A linha do monotrilho, a 15-Prata, está totalmente fechada.
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Na CPTM, o cenário não é muito diferente. A linha 10-Turquesa, que em dias normais interliga o município de Rio Grande da Serra ao Brás (área central da capital paulista), está fechada. A 7-Rubi opera apenas o trecho de Luz a Caieiras. A 11-Coral, por sua vez, segue ativa somente de Luz a Guianases. Com intervalos maiores que o normal, as linhas 12-Safria e 13-Jade funcionam integralamente.
Paralisação apesar de decisão judicial
A situação de greve, com direito a estações e até linhas completas fechadas, ocorre mesmo diante de decisão da Justiça. Na segunda-feira 27, o Poder Judiciário havia determinado que ao menos 85% do contingente de trabalhadores da CPTM e 80% dos serviços do Metrô permanecessem ativos durante os horários de pico.
A decisão contra a paralisação do transporte público sobre trilhos partiu do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Além da operação em si, a Corte determinou multas diárias previstas de R$ 600 mil para os sindicatos responsáveis pela CPTM e R$ 700 mil para o sindicato dos metroviários, do Metrô.
Greve do Metrô e da CPTM: sindicalistas que desafiaram a Justiça reclamam de projetos de privatização
A greve desta terça-feira foi convocada por três sindicatos ligados a funcionários da CPTM e do Metrô. Além disso, a paralisação conta com entidades vinculadas à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a professores das redes estadual e municipal. Em comunicados, os sindicalistas alegam que a paralisação se dá como forma de protesto contra projetos de privatização da Sabesp e de linhas mantidas pela CPTM e pelo Metrô.
Propostas de entregar tais serviços à iniciativa privada são bandeiras de campanha do governador Tarcísio de Freitas. A privatização da Sabesp, por exemplo, avançou na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo na última semana.
Pelo Twitter, Tarcísio criticou a paralisação. De acordo com ele, a greve é “abusiva e política”. Conforme afirmou, o movimento grevista prejudica cerca de 4,6 milhões de trabalhadores e estudantes que dependem das linhas paralisadas nesta terça-feira.
“Lamentavelmente, assembleias que reuniram uma minoria da totalidade de metroviários e ferroviários decidiram impor novo caos a cerca de 22 milhões de moradores da Grande São Paulo”, afirmou Tarcísio. “Devem ser afetados direta ou indiretamente pela greve.”
Mais uma vez, uma greve abusiva e política dos sindicatos de trabalhadores do Metrô, da CPTM e da Sabesp deve deixar mais de 4,6 milhões de passageiros sem acesso ao transporte sobre trilhos e provocar perdas de mais de R$ 60 milhões ao comércio nesta terça-feira (28).… pic.twitter.com/2rE51b5t6Z
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) November 28, 2023
Com o propósito de marcar posição contra a privatização, a greve que afeta o serviço do Metrô e da CPTM ajuda a demonstrar que o modelo funciona. Isso porque, sem a atuação de sindicalistas que desafiam a Justiça, as quatro linhas sob concessões funcionam normalmente na manhã desta terça-feira.
As linhas operadas pela iniciativa privada em São Paulo:
- ViaQuatro
Linha 4-Amarela.
- ViaMobilidade
São muito burros, isso apenas acelera o processo de privatização e atrai o ódio da população contra a esquerda vadia.
Tem que privatizar sim, deixar nas mãos de vagabundos não dá, nesse caso uma demissão seria ótima …
Tem muita gente querendo trabalhar , é só colocar esses vagabundos na rua ..
O pré candidato a prefeitura de São Paulo, financiado pela fina flor da agiotagem internacional, não desiste de prejudicar a população para criar um ambiente de tumulto e promover sua plataforma vazia.