(J. R. Guzzo, publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 23 de maio de 2021)
Ninguém diria nada de parecido há pouco mais de um ano, mas este foi um ano em que nada se pareceu com nada — é natural, assim, constatar que a evolução da economia e do bem-estar da população brasileira passou a depender diretamente não daquelas coisas que os economistas vivem dizendo que são importantes, e sim de uma fórmula química. Quem poderia imaginar? Mas aí está: ao chegar-se à metade de 2021, é o sucesso maior ou menor da vacinação que vai dizer, sim ou não, se haverá crescimento daqui para a frente — e em que ritmo. É isso que vai decidir se as pessoas terão de volta os empregos que perderam ou que não conseguiram encontrar nos últimos 12 meses, e se haverá outra vez investimento, oportunidades, novos negócios e tudo aquilo que serve de motor para o sistema de produção das sociedades.
Na passagem de 2019 para 2020 não havia ninguém pensando nisso, nem na área econômica ou em qualquer outra área. Vacina? Vacina para quê? Não havia a doença. Não havia a proibição para a indústria funcionar, o comércio abrir e os serviços serem prestados. Não havia 3,5 milhões de mortos através do mundo, nem a ideia de que fosse preciso, dali para diante, arrumar vacinas — e muitas vezes em dose dupla — para 8 bilhões de consumidores. Os problemas da economia eram outros.
O Brasil, por exemplo, ia mal, com investimento em queda, desestímulo maciço à atividade produtiva, fuga de multinacionais cujos acionistas se cansaram de perder dinheiro aqui, desencanto com uma economia estatizada, burocracia demente, impostos suicidas, baixa estabilidade jurídica, uma máquina pública hostil ao lucro. A lista vai adiante; levaria horas para chegar ao fim. Um ano depois, tudo isso continua basicamente do jeito que estava. Mas, agora, por conta da destruição econômica trazida pelo conjunto de decisões envolvendo a covid, qualquer luz no fim do túnel virou um sol de meio-dia. Se parar de piorar, apenas isso, vai ser uma vitória gigante — e é a vacinação, mais que qualquer outra coisa, que realmente está fazendo aparecer a luz. Só ela, na prática, tem a capacidade de parar a desgraça.
Quanto mais pessoas forem vacinadas, e quanto mais rápida for a conclusão desse processo todo, mais rapidamente o Brasil sairá do deserto econômico em que foi lançado. O que isso tem a ver com a política econômica “A” ou com a política econômica “B”, que são contrárias entre si e, portanto, deveriam levar a resultados opostos? Nada. O fato decisivo para a economia, hoje, passou a ser uma questão de farmácia. Concluída a vacinação, é certo que os países que têm espaço para crescer vão realmente crescer — não se sabe quanto, mas não vai ser pouco, e nem pode ser evitado. É o caso do Brasil.
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Uma das principais vantagens do ex-presidente Lula na vida política é a falta de memória do público e a mansidão dos adversários a quem ofende. Durante anos a fio Lula acusou Fernando Henrique, aos gritos e pelo mundo inteiro, de ter lhe deixado uma “herança maldita” no governo — insulto agravado pelo fato de ser uma mentira em estado puro. Até pouco tempo atrás tratava FHC como uma das maiores, ou a maior, desgraças que o Brasil já teve; era o grande satanás da “direita”, das “elites” etc., etc. Agora, candidato para governar o país pela terceira vez, Lula vira amigo de infância de quem acusava, cinco minutos atrás, de ser o retrato acabado do mal — e o inimigo engole tudo sem dar um pio.
Lula nunca retirou o que disse sobre a herança maldita. Nunca, aliás, disse uma palavra positiva sobre Fernando Henrique, ou sobre nada do que ele fez. Que raios, então, estão fazendo juntos?
Leia também: “O que o setor privado por fazer pela vacinação?“, reportagem publicada na Edição 54 da Revista Oeste
Claro, esse tal de Guzzo deve saber muito mais que o Nobel de Medicina e virologista Luc Montagnier, não é mesmo? https://www.lifesitenews.com/news/nobel-prize-winner-mass-covid-vaccination-an-unacceptable-mistake-that-is-creating-the-variants
Extremamente infeliz nas palavras, dessa vez, o Guzzo. Dá a impressão que passou a noite de domingo assistindo a revista eletrônica dos Marinho. Tentar dar à vacina um poder que definitivamente não tem é algo que beira a inocência intelectual. E tentar entender por meios normais a relação entre dois bandidos, gatunos políticos, beira a falta de senso mental. Guzzo, dessa vez quem pisou na jaca foi você.
Concordo em grau, gênero e numero!!!!!! O que está acontecendo com os jornalistas de hoje, muito triste a enganação e a desconstrução da realidade
Galera, o detalhe é que a notícia foi publicada no Estado de São Paulo. Então, está coerente com o lado de lá. Votei no Guzzo no Prêmio Comunique-se https://votacao.premiocomunique-se.com.br/Login.aspx
O cara é fera, sempre foi. Escreveu o que é permitido publicar por lá, atraiu alguns curiosos para cá (assim eu torço) e ainda deu uma alfinetada no molusco. É sempre bom alertar que o Lula sobrevive de mentiras, narrativas, corrupção e do trabalho alheio.
O povo brasileiro tem que aprender a votar ! Os políticos são desse jeito porque o povo colabora . Temos que nessa próxima eleição varrer essa gente que só atrasa o país e além disso passaram anos saqueando os cofres públicos.
PT e PSDB são o mesmo conteúdo com uma roupagem diferente
Será? Tem certeza no que diz? Tem coragem de dizer isso numa CPI? Então me demonstre essa sua teoria ou o peso da idade já está fazendo queimar seus neurônios restantes?
E o Guzzo agora tentando nos enganar. Reparem que ele no seu texto deixa parecer que o atual governo não existe e dele, o que deixa entrever, seria toda a culpa do que está acontecendo de ruim no Brasil. Só faltou dizer que o mal do Lula é está se aliando a FHC, que aquele modelo econômico que endividou a sociedade ou qualquer outro é tudo a mesma coisa. Tudo depende do sucesso da vacina, ele diz, o esforço para equilibrar a economia e combater a covid não tem nenhuma importância. ANOTEM! Guzzo é a mais nova aquisição do PT.
É David acho que mais um passando pro lado de lá!!!! Triste texto e constatação
ELES, FHC e LULA, SEMPRE ESTIVERAM JUNTOS. A DIFERENÇA É QUE UM SABE DISSIMULAR COM ALGUMA ELEGÂNCIA, ENQUANTO O OUTRO PISA NA JACA! SIMPLES ASSIM!
Só não entendi o título do texto…
Tentando enganar trouxas, a única coisa que ambos sabem fazer além do roubar dinheiro público.
E o Guzzo agora tentando nos enganar. Repare que ele no seu texto deixa parecer que o atual governo não existe e dele, o que deixa entrever, seria toda a culpa do que está acontecendo de ruim no Brasil.
tratamento precoce ou preventivo ajudaria muito !