Na segunda-feira 31, os dois principais suspeitos de assassinarem o ator Jeff Machado se tornaram réus na Justiça do Rio de Janeiro. O Ministério Público (MP) foi o responsável pela denúncia.
Os acusados são Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinicius da Silva Braga. Eles se tornaram réus por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
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Segundo o processo, Rodrigues teria destruído aparelhos e chips telefônicos e entrado em contato com testemunhas, para influenciar seus depoimentos à polícia.
“Relevante ressaltar, ainda, as declarações do denunciado Jeander, nas quais admite sua participação no homicídio de Jefferson e confirma a tentativa de eliminação de provas”, decidiu a Justiça do Rio de Janeiro
O TJ-RJ acrescenta que “a tentativa de influência nas declarações das testemunhas evidencia a necessidade de preservação da fonte testemunhal de prova, com a garantia de um ambiente de tranquilidade, livre de qualquer influência ou temor que, certamente, seria impossível garantir”.
Caso Jeff Machado
Jeff foi estrangulado depois de uma relação sexual. Acredita-se que um fio de telefone teria sido usado para matá-lo. Depois da morte, o corpo do ator foi colocado num baú, que havia sido enterrado e concretado no quintal de uma kitnet alugada por Bruno no mesmo bairro.
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De acordo com a promotoria, Bruno misturou substância entorpecente na bebida de Jeff antes de o trio ter subido ao segundo andar da casa do ator, no bairro de Campo Grande.
Motivo do crime
Conforme o MP, “Bruno prometeu falsamente a Jefferson a compra de uma vaga para o ator em uma emissora de televisão, no valor de mais de R$ 18 mil”. O farsante havia dito que mantinha contatos com produtores e diretores de televisão.
“O dinheiro não foi devolvido e tampouco houve a contratação”, diz a denúncia. “Segundo a denúncia, tratava-se de mera isca criada para obter vantagens financeiras ilícitas da vítima. Na iminência de ser descoberto, Bruno matou a vítima.”
Dias depois do crime, a investigação revelou que Rodrigues se passou por Jefferson e utilizou a senha do cartão de crédito dele para efetuar compras em estabelecimentos comerciais, além de anunciar a venda do carro da vítima em agências de automóveis.