Após ter anunciado a suspensão no fornecimento de remédios necessários para o tratamento do câncer, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) voltará a importar os insumos para a produção dos radiofármacos e radioisótopos. O Ministério da Economia liberou R$ 19 milhões em crédito suplementar para o órgão.
O Ipen fabrica 25 diferentes remédios contra o câncer e é responsável por 85% do fornecimento nacional. O órgão enfrentava impossibilidade orçamentária para aquisição de insumos importados de produtores na África do Sul, Holanda e Rússia.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, a verba liberada ainda é insuficiente para atender a demanda até o fim deste ano e mais recursos terão de ser buscados. O Ipen ainda aguarda a aprovação pelo Congresso Nacional de um projeto de lei que vai adicionar cerca de R$ 35 milhões ao orçamento do órgão. A previsão é de que a proposta seja votada na próxima semana.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações informou que “o governo federal vem atuando desde junho em conjunto com Congresso Nacional para a recomposição total do orçamento do Instituto. A aprovação de um novo projeto de lei, da ordem de R$ 55 milhões, será necessária posteriormente para recompor o orçamento do instituto até o fim do ano”.
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