A Rede Metodista de Educação anunciou, nesta quinta-feira, 14, o fechamento de cinco cursos de graduação na Universidade Metodista de São Paulo (Umesp).
Serão encerrados os cursos de educação física, engenharia de produção, fisioterapia, rádio e TV e sistemas de informações, no campus Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. O curso de odontologia segue funcionando, mas passa para o horário integral
A instituição alega que os cursos apresentavam um baixo número de alunos matriculados e que a descontinuidade faz parte da reorganização institucional que acontece desde 2021, quando a Metodista entrou com pedido de recuperação judicial. Em nota oficial, a Metodista informou que a medida tem o propósito de promover a retomada do crescimento sustentável das suas instituições.
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“Esta descontinuidade impacta menos de 5% do total de alunos da instituição”, informou. “Mantivemos mais de 40 cursos ativos nas diversas áreas, todos com excelentes avaliações do MEC.”
Ainda segundo a escola, a reorganização está amparada em bases legais. “Desta forma, poderemos reinvestir nos cursos em andamento e ofertar novos cursos mais aderentes à demanda do mercado atual”, comunicou.
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A Metodista afirma que todos os alunos dos cursos encerrados foram informados e possuem alternativas para a continuidade dos seus estudos na própria instituição (em outro turno e modalidade) ou em instituições que se comprometeram a manter condições financeiras semelhantes às praticadas na Metodista.
A nota oficial da Metodista não fala sobre o destino dos professores que lecionam nos cursos que não terão continuidade. Conforme o Sindicato dos Professores do ABC (Sinpro-ABC), cerca de 45 docentes podem ser dispensados.
Metodista em crise
A instituição enfrenta dificuldades financeiras desde 2015, quando o governo federal mudou as regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Houve atrasos em pagamentos e demissões de professores. A situação se agravou com a pandemia de covid-19.
Em 2021, a Metodista entrou com um pedido de recuperação judicial, apontando uma dívida de R$ 500 milhões. O pedido foi deferido no mesmo ano e o plano teve aprovação em dezembro de 2022.
A reportagem entrou em contato com a Metodista pedindo informações sobre eventual demissão de professores e sobre o processo de recuperação judicial e aguarda retorno.
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado