O Ranking de Universidades Empreendedoras (RUE) lançou a lista das primeiras colocadas em seu site. Conforme apuração do jornal O Estado de S. Paulo, a Universidade de São Paulo (USP) é considerada a mais empreendedora do Brasil, pela quarta vez. Essa é uma iniciativa da Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior).
No ano passado, foi a vez de a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ocupar o primeiro lugar. Anteriormente, a USP esteve em primeiro nos anos de 2016, 2017 e 2019.
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Pertencentes ao Estado de São Paulo, estão presentes no ranking a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que ocupa a 25ª colocação, com 49,63 pontos; e a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), que ficou na 36ª posição, com 46,48 pontos. Somando 43,24 pontos, a Universidade Federal do ABC (UFABC) figura na 51ª colocação.
Entenda os critérios para estar no ranking de universidade empreendedora
O ranking utiliza três diferentes fontes para a análise: pesquisa com alunos, levantamento por meio dos embaixadores (estudantes voluntários) e análise de bases de dados complementares.
O critério para se considerar uma instituição como empreendedora é o agrupamento de seis áreas de desenvolvimento para a sociedade, por meio de práticas inovadoras. O ranking avalia cultura empreendedora, inovação, extensão, internacionalização, infraestrutura e capital financeiro.
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Segundo a entidade, neste ano, 108 universidades de todo o Brasil, e mais de 4 mil estudantes, participaram da avaliação. A Brasil Júnior, organização sem fins lucrativos que representa estudantes inseridos em empresas juniores, produz o ranking desde 2016.
Veja o ranking com as 20 primeiras universidades colocadas:
- Universidade de São Paulo (USP) – Nota: 64,69;
- Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – 64,38;
- Universidade Federal de Viçosa (UFV) – 61,27;
- Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – 59,14;
- Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) – 58,52;
- Universidade Federal de Itajubá (Unifei) – 57,74;
- Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) – 57,22;
- Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) – 56,58;
- Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) – 56,04;
- Universidade Federal de Goiás (UFG) – 54,61;
- Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – 54,12;
- Universidade Federal de Lavras (Ufla) – 53,96;
- Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – 53,41;
- Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) – 53,33;
- Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) – 53,31;
- Universidade de Brasília (UNB) – 52,68;
- Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – 52,31;
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) – 51,41;
- Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) – 51,37; e
- Universidade de Franca (Unifranca) – 51,01.
Alunos grevistas processam USP para tentar evitar reprovação por faltas
Ainda que esteja em primeiro lugar no ranking deste ano, a USP teve problemas recentes com seus alunos. O Diretório Central de Estudantes (DCE) da universidade ajuizou uma ação contra a instituição para evitar que alunos grevistas sejam reprovados por faltas.
A paralisação começou em 21 de setembro, como protesto por falta de professores, mas, mesmo com o início da contratação, o movimento não foi encerrado.
Em protesto, um grupo de estudantes invadiu um prédio da USP que faz parte dos blocos usados antigamente com moradia estudantil. O imóvel continua ocupado pelos grevistas, informou a USP.
Entre os pedidos do mandado de segurança coletivo ajuizado pelo DCE estão
- a suspensão do ofício da reitoria, que decidiu não abonar as faltas dos grevistas;
- o cálculo do porcentual de frequência, com base na matéria efetivamente ministrada, e não no calendário curricular não cumprido; e
- uma ordem para que todas as unidades da USP apresentem um plano de reajuste do calendário curricular, para garantir que todos os grevistas possam repor as aulas.
A reitoria da USP afirmou que “caberá a cada docente, em consonância com sua unidade, consolidar a frequência dos estudantes no semestre, levando em consideração as situações específicas”, o que reafirma “a autonomia dos professores e a disposição da reitoria para soluções de consenso”.
Quatro delas estão em MInas Gerais: UFV, UFMG, Unifei, UFLA e UFJF.