Professores de universidades e institutos federais decidiram manter a greve por aumento salarial, mesmo depois de o governo Lula firmar um acordo com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), que representa a categoria, no último dia 27.
Nesta terça-feira, 28, todas as 63 instituições de ensino que estão paralisadas há 55 dias realizaram assembleias para decidir se voltam às atividades.
Por enquanto, todas optaram por continuar em greve. Dentre elas, estão a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). Além disso, houve nova adesão ao movimento por parte da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
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A decisão dos docentes atende à expectativa do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), outra entidade com protagonismo nas negociações salariais, mas que rejeitou a proposta salarial da gestão Lula (PT).
Segundo o Andes, o acordo assinado pelo Proifes não representa as demandas dos servidores e “afronta as decisões das bases em greve”, diz o presidente da entidade, Gustavo Seferian.
Os servidores pediam reajuste de 7,06% em 2024, de 9% em janeiro de 2025 e de 5,16% em 2026. O governo negou aumento já neste ano e ofereceu 9% em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026.
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Impacto nas negociações da greve
A estratégia do Andes agora é mostrar força a Brasília a fim de forçar uma nova rodada de negociações. O grupo avalia que o percurso das negociações só fortaleceu o movimento e deixou o governo fragilizado. Depois do ocorrido, afirma que Lula não pode mais se dizer defensor da educação.
O presidente enfrentou protestos de professores e estudantes em agendas durante o fim de semana. Na quinta-feira 23, Lula afirmou que “eles [servidores] pedem quanto eles querem, a gente [governo] dá quanto a gente pode”.
Para os sindicalistas, é hora de apresentar outras exigências, como a recomposição do orçamento das universidades federais, em queda nos últimos anos. A Unifesp e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por exemplo, já anunciaram estar em calamidade financeira.
Os professores-militantes estão viajando pela Europa. Quando voltarem, eles pensam sobre esta proposta.
Os esquerdopatas docentes estão de acordo com o ditado ” farinha pouca meu pirão primeiro”
Oeste, esclareça, por favor, qual é a representatividade e a força de cada um dia sindicatos citados. Sem essa informação fica parecendo que têm a mesma força.