O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta quinta-feira, 8, o fim da obrigatoriedade do uso de máscara em ônibus, metrô e trem a partir desta sexta-feira 9. A medida de proteção foi implementada em dezembro de 2020 no esforço de combate à pandemia do coronavírus.
Com a nova decisão, a utilização de máscaras permanece obrigatória nos locais destinados à prestação de serviços de saúde, como hospitais, clínicas, laboratórios e postos. Em transportes públicos, a medida passa a ser opcional, mas segue “recomendada” para pessoas acima de 60 anos e com baixa imunidade.
Em nota, o governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo anunciaram que o protocolo foi decidido com base em dados e recomendações do Conselho Gestor da Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo (SCPDS). “Segundo nova avaliação feita pelo Conselho Gestor, formado por especialistas em saúde pública, o atual cenário epidemiológico da COVID-19 permite flexibilizar a restrição”, informa o comunicado conjunto.
Dados da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo mostram que houve queda de mais de 90% nas internações e mortes por covid-19 em 2022. De acordo com o ministério da Saúde, 672 mortos foram registrados entre 17 e 23 de abril. Na semana anterior, a contagem fechou em 718.
Em 2022, o pico de mortes relacionadas à covid-19 registradas em uma semana ocorreu entre 6 e 12 de março: pouco acima de 6 mil mortos. E o maior número semanal de toda a pandemia no Brasil foi registrado entre 4 e 10 de abril do ano anterior: 21 mil mortos.
Desde que o novo coronavírus foi descoberto, pouco mais de 30 milhões de brasileiros foram contaminados. Deles, mais de 29 milhões estão recuperados — quase 97% do total. Cerca de 300 mil pacientes estão em tratamento, e 660 mil perderam a vida.
Retirada da obrigatoriedade
A retirada da obrigatoriedade foi derrubada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em agosto, para voos domésticos e aeroportos do país. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
“A máscara cumpriu um papel efetivo de salvar vidas, mas é preciso ter proporcionalidade, até por que medidas como essa tiveram ampla adesão da população, por mais inconvenientes que fossem, e acredito que esse é um legado que a sociedade brasileira passou a estabelecer: o uso da máscara como um instrumento de defesa”, afirmou Alex Machado Campos, diretor da Anvisa.
Com atraso de um ano e meio, Governo Doriana aproveite bem os seus últimos dias.