O Ministério da Saúde monitora o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos, identificado em um homem em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Segundo o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), o possível infectado é um homem que chegou ao Brasil vindo de Portugal no dia 10. Na manhã de hoje, o paciente passará por uma consulta e terá o material coletado, para que sejam feitos os exames.
O CIEVS foi notificado sobre o caso há uma semana. O homem, que foi a Porto Alegre para visitar a mãe, apresentou um quadro de dores de cabeça, aumento dos gânglios linfáticos e febre no dia 13. Sete dias depois, passou a relatar calafrios, fraqueza física e o início das lesões cutâneas características da varíola dos macacos na face, no tronco e nos membros. No sábado 28, o paciente informou uma melhora do quadro e afirmou não ter tido contato com pessoas que foram diagnosticadas ou consideradas com suspeita para a doença quando estava em Portugal.
O diagnóstico segue em análise para confirmar se é a primeira infecção pelo vírus monkeypox identificada no país.
Varíola dos macacos em mais de 20 países
Mais de 20 países, lugares onde o vírus monkeypox não costuma circular, já registraram casos desde o início do mês. A Europa é a região mais afetada, com quase 70% dos diagnósticos concentrados na Espanha, no Reino Unido e em Portugal. Além de nações europeias, Argentina, México, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Israel e Emirados Árabes Unidos também relataram infecções.
Segundo a plataforma de dados Our World in Data, da Universidade Johns Hopkins, já são mais de 430 registros nos países fora da África Central e Ocidental — onde a varíola dos macacos é endêmica.
A realidade intriga especialistas, uma vez que os casos detectados nesses locais geralmente eram pontuais em pessoas que haviam retornado do continente africano contaminadas. No entanto, pela primeira vez, esses países vivem casos de transmissão local do patógeno.
Na sexta-feira 27, a diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Preparação Global para Riscos Infecciosos, Sylvie Briand, disse que, “se tomarmos as medidas certas agora, podemos conter o surto” da varíola dos macacos em países não endêmicos.
“Investigação de casos, rastreamento de contatos, isolamento em casa para infectados serão suas melhores apostas”, defendeu a chefe do Secretariado de Varíola da OMS, Rosamund Lewis.
Antes de tudo, deve-se aguardar para ver se o elemento tem ou não essa doença, para emitir algum comentário a respeito.
Sobre a transmissão dessa doença, percebo que as informações divulgadas não apenas no Brasil, mas também na imprensa da Europa -Espanha e Portugal, principalmente- não são aprofundadas.