A cidade de Manaus, capital do Amazonas, registrou uma “tempestade de areia” na tarde deste domingo, 5, com ventos de 70 km/h. Moradores das zonas oeste e sul da cidade divulgaram vídeos para mostrar a intensidade da ventania. A região vem sofrendo com uma onda de fumaça, por causa das queimadas na Floresta Amazônica.
Um vídeo publicado nas redes sociais mostra uma “cortina” de poeira cobrindo toda a cidade. Prédios e casas sumiram em meio à poeira e à fumaça. A ventania causou destelhamentos e danos à rede elétrica, o que afetou o fornecimento de energia em escolas que aplicavam provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
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De acordo com a Defesa Civil do município, ocorreram dois destelhamentos no bairro Lírio do Vale, na zona oeste, e um no bairro Redenção, na zona centro-oeste.
Segundo o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), a região registrou ventos de 70,4 km/h no momento da tempestade. O centro informou que essas tempestades são comuns nessa época do ano em Manaus.
Fumaça na região
Nuvens de fumaça cobrem a cidade há uma semana. O problema continua ocorrendo nesta segunda-feira, 6. A qualidade do ar em Manaus é considerada “péssima”, de acordo com o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), desenvolvido por pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas.
É a segunda vez que Manaus sofre com nuvens de fumaça constantes neste ano. Na primeira delas, em outubro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) alegou que o problema teria origem em queimadas geradas por pecuaristas. O órgão, vinculado ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ainda não se manifestou sobre esta segunda crise.
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Esse problema deixou todos os municípios em situação de emergência. Segundo a Defesa Civil, mais de 600 mil pessoas já foram atingidas pelas nuvens de fumaça.
Não duvido que sejam provocadas por atividades de pecuaristas. É uma prática primitiva que hoje é totalmente condenável, por empobrecer o solo dos micronutrientes indispensáveis. É sempre o seguinte: quem não tem competência de fazer de outra forma, que não se estabeleça.
Enquanto isso, esse desgoverno só sabe culpar os outros.