O voo G3 1023, que faria o trajeto do Rio de Janeiro a São Paulo na última segunda-feira, 9, dificilmente será esquecido pelos passageiros da companhia aérea Gol. Uma turbina do avião explodiu 20 minutos depois da decolagem, causando pânico entre os tripulantes.
O avião partiu do Aeroporto Santos Dumont (SDU), mas o piloto precisou fazer um pouso emergencial no Galeão.
De acordo com a Gol entre SDU e Congonhas (CGH) apresentou um problema técnico no motor, mas “a tripulação cumpriu os procedimentos previstos e a aeronave pousou normalmente”.
A empresária Sabrina Charello, de 21 anos, registrou o momento exato da explosão no motor. Ela estava no assento à janela, do lado direito da aeronave, fazendo um vídeo da paisagem.
Na gravação, é possível escutar o barulho de um estrondo e ver que faíscas saiam do motor.
“Ouvimos um barulho extremamente alto, como se algo tivesse explodido. Sentimos que o avião deu uma baqueada, dançou um pouco”, relatou Sabrina em entrevista ao G1. “No mesmo momento, os pilotos emitiram um alerta de apertar os cintos e nos pediu para permanecermos sentados e calmos. Foi um momento extremamente tenso”.
Segundo a passageira, não houve nenhum aviso, durante o voo, sobre o que realmente tinha ocorrido. Mas os passageiros já imaginaram que se tratava de uma explosão no motor do avião.
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Sabrina Charello relatou que, mesmo depois do pouso, o sentimento era de muito medo. A empresária disse ainda que alguns viajantes passaram a ter crises de pânico.
“Ficamos dias em estado de choque. A sensação de entrar em um avião depois daquilo foi horrível”.
A aterrissagem ocorreu em segurança e nenhum passageiro ou tripulante se feriu. A Gol informou que os clientes receberam “o devido atendimento e seguiram nos próximos voos”.
Tudo se degrada em um país governado por um poder ilegítimo. Se o motor explodiu, não é por uma obra do acaso. Motores não explodem se tiverem passado pelos procedimentos de manutenção preventiva, testes que comprovem sua condição operacional, etc., principalmente em motores de aeronaves. A incompetência e irresponsabilidade reinam em um ambiente de impunidade, de falta de comprometimento.
Em pleno acordo.