Segundo o professor Rodrigo Gurgel, um dos principais críticos literários do Brasil, o “gênero neutro” é uma violência contra a língua portuguesa. “A língua está em constante mudança naturalmente, ela muda por si mesma de acordo com o tempo, com a cultura, com a História, com os acontecimentos sociais”, explicou, em entrevista a à Revista Oeste. “Esse é o desenvolvimento natural de qualquer língua. Mas o que estão tentando fazer é uma imposição ideológica e inaceitável, porque fere a lógica da língua portuguesa, fere os fundamentos do idioma, fere, inclusive, a própria origem da língua. Estão, portanto, descaracterizando o idioma em nome não do seu aperfeiçoamento, mas, mais uma vez, de satisfazer essa sanha, essa fome desses grupos sociais que se pretendem donos da verdade. O que não deixa de ser uma forma de censura, sem dúvida; censura sobre o nosso discurso.”
A conversa com Rodrigo Gurgel, além da questão do “gênero neutro”
Na conversa, publicada integralmente na Edição 162 da Revista Oeste, Gurgel ressaltou a importância do livre debate como principal antídoto à censura. Salientou ainda que a proibição de certas palavras ou expressões na literatura prejudica não só a liberdade do autor, mas sobretudo a capacidade do leitor de entender a realidade. Gurgel analisou também o processo de escolha dos livros didáticos pelo Ministério da Educação. “Se a obra não tiver afinidade ideológica com os dirigentes do MEC, ela simplesmente não é aceita”, diz. A censura, observou o crítico literário, é sempre subjetiva. E isto é contrário ao propósito da literatura, que é o de elevar e expandir a percepção da realidade.
O assinante pode ler a entrevista completa ao clicar neste link.
Meu marido sua uma camiseta onde está escrito “TODES é meu ovo”. Comprou na loja virtual ripcmbate.
Isso mesmo! Se fosse eu, daria uma baforada de charuto na cara desses néscios.
Essa tal linguagem neutra não tem outro objetivo, a não ser limitar o vocabulário e, consequentemente, manipular o pensamento, principalmente das crianças e dos jovens, para, no futuro, culminar na manipulação ideológica.