Get On Up – A História de James Brown conta a história do inventor do funk – o verdadeiro, não esse subgênero brasileiro que roubou seu nome. É uma história épica, pois ao criar o funk, James Brown gerou o rap e o hip-hop e influenciou a música popular do mundo inteiro.
O filme mostra sua infância miserável no sul dos EUA, os elementos que influenciaram sua formação (como a igreja batista) e a criação de um tipo completamente novo de música. James Brown estabeleceu o princípio do prazer absoluto – “se você se sente bem, se soa bem, é música”. Seus shows eram uma celebração à alegria e ao prazer que faziam até as paredes dançar.
James Brown tinha uma postura de orgulho com relação ao racismo. Ele não choramingava e pedia cotas. Preferia mostrar que era o melhor. Um dos mais simbólicos momentos acontece quando ele reúne um coral de crianças e dá alguns conselhos a eles: “Você pode fazer o que quiser na vida. Se você quer algo, tem que se dedicar a isso. Então batalhe e vai merecer o que quer”. E então coloca a criançada para cantar “Say it loud, I’m black and proud” – “Sou negro e tenho orgulho disso”. “Negro”, não “afrodescendente” ou coisa parecida.
O filme (dirigido por Tate Taylor) mostra James Brown em sua totalidade. Ele era paranoico, multava seus músicos, batia na mulher, maltratava seu melhor amigo e tinha explosões de violência. O ator Chadwick Boseman não interpreta James Brown – ele o incorpora. Boseman ficou famoso com o filme Pantera Negra e morreu prematuramente aos 44 anos. Permanece vivo nesse filme incendiário, disponível para aluguel na Amazon Prime.
Você precisa de uma assinatura válida para enviar um comentário, faça um upgrade aqui.
Entre ou assine para enviar um comentário *
Nenhum comentário para este artigo, seja o primeiro.