É difícil separar o mito da verdade na história de Robert Johnson (1911-1938). Johnson foi um dos maiores gênios da história do blues e sua fama foi construida de maneira quase mística. Ele gravou duas vezes na vida: uma com seu violão no quarto 414 do Gunter Hotel em San Antonio, Texas. E a segunda vez num estúdio de Dallas em 1937.
As composições de Johnson fariam a cabeça dos grandes ídolos do rock décadas depois. Os Blues Brothers gravaram “Sweet Home Chicago”, os Rolling Stones fariam sua versão de “Love in Vain” e Eric Clapton fez de “Rambling on my Mind” parte permanente de seu repertório.
Diz a lenda que Robert Johnson teria feito um “pacto com o diabo” numa encruzilhada com o objetivo de fazer sucesso. O mundo dos blues é cheio dessas lendas. O que realmente assombrou o mundo da música foi o fato de Johnson ter morrido em 1938, com apenas 27 anos. Nada foi comprovado, mas o que se supõe foi que um homem de Greenwood, Mississippi, o envenenou com uma dose mortal de estricnina por ciúme.
Pode não ser verdade, mas é um ótimo tema para um blues.