A imprensa internacional, blogs, podcasts, redes sociais — todo mundo continua a falar do glorioso final de Succession, que aconteceu no dia 28 de maio. A série já foi comparada a peças de William Shakespeare. E, ao contrário do que aconteceu com o fiasco no final de Game of Thrones, soube como terminar no auge.
Succession, como o título diz, conta a história da sucessão de uma fictícia megacorporação de mídia, a Waystar Royco. Seu patriarca, Roy Logan (Brian Cox), com um patrimônio calculado em US$ 18 bilhões, começa a série no seu 80° aniversário, mostrando sinais de degradação de saúde. É preciso passar a liderança para um de seus quatro filhos.
O problema é que eles todos são mimados e perdidos. Kendall (Jeremy Strong) se acha o herdeiro natural, mas é uma fábrica permanente de decisões equivocadas. Shiv (Sarah Snook) não consegue focar uma opção. Roman (Kieran Culkin) é um pervertido obcecado com o ato de se masturbar. Connor (Alan Ruck) não quer saber de negócios e persegue uma fracassada carreira como candidato a presidente dos Estados Unidos.
![A família Logan (Imagem: divulgação HBO)](https://medias.revistaoeste.com/qa-staging/wp-content/uploads/2023/06/succession-s1-ka-1920-e1566168262667-1200x800-1.jpg)
O poder de Succession, criado por Jesse Armstrong, está no perfil psicológico dos herdeiros. Todos estão conectados pela busca do poder dentro da empresa, mas o patriarca, Roy, não confia em nenhum deles. E, como em Game of Thrones, a luta pelo poder é decidida nos últimos minutos de uma série que durou quatro temporadas — todas disponíveis na HBO.
Outro elogio necessário: Succession flertou com um certo esquerdismo anti-Donald Trump, mas não mergulhou nele. Deixou claro que ser rico não é necessariamente um problema. O problema é ser um rico idiota como os filhos de Roy. E ainda criou uma cena inesquecível com o Kendall, que se achava um campeão das causas sociais e fã de rappers “revolucionários”:
Se você estiver na dúvida sobre a qual série assistir, Succession é uma garantia de qualidade dramatúrgica do primeiro ao último episódio. Em pouco tempo a gente se acostuma com o jeito como os personagens se comunicam, em frases que não terminam, pois estão todos com medo de dizer algo errado. A produção é classe AA — cenários fabulosos, viagens de luxo, sinais explícitos de riqueza. Afinal, como dizia o carnavalesco Joãozinho Trinta, quem gosta de miséria é intelectual.
Vida de rico nunca deu boas histórias.A contribuição dos ricos para a alta literatura é praticamente zero.Agora, o que me incomoda mesmo é a carência do campo mais a direita ou conservador: “Outro elogio necessário: Succession flertou com um certo esquerdismo anti-Donald Trump, mas não mergulhou nele.”
Ta faltando revisor de texto?
Se me pagarem bem, faço a revisão: Afinal, como dizia o carnavalesco Joãozinho Trinta, quem gosta é miséria é intelectual.
Essa parte tá invertida: Kieran (Roman).
Precisa arrumar!