Pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva e a Rede Mulher Empreendedora também apontou que um terço dos empreendimentos não está regularizado
A crise do coronavírus fez com que 39% dos negócios conduzidos por mulheres fosse paralisado, segundo pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva e a Rede Mulher Empreendedora. O estudo reuniu uma amostra de 1.165 entrevistas em todas as regiões do país. Além das que tiveram as atividades interrompidas, 47% das entrevistadas disseram que os negócios ainda estão funcionando, mas com um movimento menor.
Para 33%, a pandemia fez com que o rendimento mensal do negócio chegasse a zero. Em outros 28% dos casos, os empreendimentos estão garantindo uma renda que vai a no máximo um salário-mínimo. Sendo que em 21% das entrevistas, toda a renda familiar vem do negócio tocado por essas mulheres e em 17% mais da metade do dinheiro que entra em casa é proveniente desses negócios.
A maior parte dos empreendimentos comandados por mulheres atua, segundo a pesquisa, no setor de serviços (61%). Também há participação na indústria (21%), comércio (17%) e agricultura (1%).
Quase um terço, 29% delas, não estão regularizadas. O restante possui número no cadastro nacional de pessoas jurídicas, sendo que 39% são microempreendedoras individuais. O percentual total das que trabalhavam sozinhas, sem empregados, aumentou de 49%, antes da pandemia, para 66% atualmente.
Entre as medidas para reduzir os efeitos da crise, 55% das que possuem empregados adotaram o esquema de trabalho a distância e 21% reduziram salários. Um terço das empreendedoras disseram que devem demitir parte ou todos os funcionários por causa das perdas de faturamento. Desse total, 84% disseram que cortaram gastos e 53% passaram a fazer vendas online.
Porém, 43% afirmaram que não tem como fazer entregas em domicílio no modelo de negócio que possuem.