Mais de 75 mil lojas fecharam as portas no Brasil no primeiro ano da pandemia de covid-19. A informação foi divulgada na segunda-feira 1º pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A retração em 2020 é a maior desde 2016 (-105,3 mil), quando o setor ainda sofria os efeitos da maior recessão da história recente do país.
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O presidente da CNC, José Roberto Tadros, diz que as quedas só não foram maiores graças ao comércio eletrônico e ao auxílio emergencial. Segundo ele, “o desafio será ver o comportamento deste ano, com o programa de imunização ainda em andamento”.
Vagas formais
O nível de ocupação no setor também foi impactado pela crise: ao longo do último ano, 25,7 mil vagas formais foram perdidas. Trata-se da primeira queda anual desde 2016 (-176,1 mil). Embora negativo, o saldo de 2020 não reverteu completamente a quantidade de vagas geradas nos três anos anteriores.
Ramo de vestuário foi o mais afetado
O ramo que mais perdeu unidades foi o de vestuário, calçados e acessórios (-22,29 mil unidades). Na sequência, aparecem híper, súper e minimercado (-14,38 mil) e lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (-13,31 mil).