A Americanas revelou que o acionista Inácio de Barros Melo Neto passou a deter 12,5% das ações ordinárias da companhia, conforme comunicado à Comissão de Valores Mobiliários na última sexta-feira, 12. O investimento é de mais de R$ 10 milhões.
Agora, Melo Neto possui um total de 113 milhões de ações ordinárias da empresa. O acionista é membro de uma família tradicional de Olinda (PE), é diretor da Faculdade de Medicina de Olinda e do Colégio Ecolar. Ele também comanda o Instituto Maria Alcoforado de Barros Melo, voltado ao tratamento de crianças com Síndrome de Down.
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Melo Neto, no entanto, não deve ter esse porcentual elevado a Americanas por muito tempo. Na Assembleia Geral Extraordinária da empresa do mês de maio, ela informou que será realizado um grupamento de ações ordinárias e bônus de subscrição, sem alteração do valor do capital social.
Dessa forma, depois da adequação, os donos Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira ficarão com 49% do capital, os bancos, principais credores da Americanas, com 48%. A fatia de Melo Neto representará menos de 1%.
O acionista está confiante na reconstrução das Lojas Americanas
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Inácio de Barros Melo Neto afirma que está acompanhando o processo de reestruturação da Americanas e que acredita no sucesso do projeto. No futuro, ele pretende vender suas ações a preço mais alto do que pagou.
“Eu me apego a alguns fundamentos, como o aporte desses três empresários”, disse Melo Neto. “Foi muito dinheiro [na fraude], mas eles localizaram o problema e estão reagindo, fizeram um aporte. O patrimônio deles é muito maior do que isso.”
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O acionista diz que o alto valor do patrimônio do trio Lemann, Telles e Sicupira é motivo suficiente para colocar todo o aporte de sua carteira nas ações da Americanas.
“Se eles quebrarem, o Brasil vai junto, né?”, disse. Seria uma agressão à economia nacional.”