China, Sul da Ásia, Sudeste Asiático e África Subsaariana impulsionam crescimento
O Insper Agro Global projeta US$ 100,4 bilhões em exportação pelo agronegócio brasileiro em 2020. Um acréscimo de 3,5% sobre o faturamento de US$ 97 bilhões em 2019. A quantia deste ano deve ficar apenas abaixo dos US$ 101,3 bilhões de 2018 — ano recorde para o registro. Os dados foram publicados pela coluna Radar, de Veja, na segunda-feira 14.
Estima-se que o volume de exportações para a China e Hong Kong, que são nossos principais parceiros desde 2013, deve atingir US$ 36 bilhões, um crescimento de 9% em relação à 2019. Em 2020, também deve aumentar o apetite por produtos agrícolas brasileiros na África Subsaariana (+14%), no Sudeste Asiático (+30%) e no Sul da Ásia (+32%). No Leste Asiático, no entanto, com exceção dos chineses, os países devem diminuir o valor comprado da produção agrícola brasileira em 9%. A mesma situação acontece com Estados Unidos (-5%), União Europeia (-2%), América Latina (-3%) e o bloco formado por nações do Oriente Médio e norte da África (-6%).
Álcool e açúcar foram os itens que mais ganharam espaço nas exportações, com um aumento de US$ 3,5 bilhões em 2020. A cadeia produtiva da soja continua responsável pelo maior faturamento — US$ 35,2 bilhões. Entretanto, algumas mercadorias estão menos apreciadas. O milho e os produtos florestais representam as maiores perdas externas do agronegócio: diminuição de US$ 1,5 bilhão e 1,4 bilhão, respectivamente.
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Prezado Artur Piva. Eu já indaguei por diversas vezes aqui nos comentários uma questão relevante sobre o agronegócio brasileiro ,com o qual guardo profunda admiração e respeito. Não obstante, para a população , fica essa dúvida latente ainda não respondida pelo Governo: se somos assim tão pungentes no agronegócio com os números e índices cada vez mais efusivos, o quê explica realmente a alta acelerada e exponencial dos preços aqui no Brasil desses mesmos produtos? Carne bovina, carne suína, grãos em geral com preços altíssimos? Alguém poderá posta um comentário que se tratam de comódites com preços em dólar regulados pelo mercado internacional. Sim, mas antes também não era? Nos Governos passados ,sobretudo nos militares , haviam os chamados estoques reguladores que mitigavam essas altas. Essa alta de preços não é inflação por demanda, pois como mostra a reportagem a produção continua de vento em popa. O quê exatamente os Ministérios da Agricultura de da Economia estão fazendo nesse sentido? É uma pauta que interessa a todos nós.