A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a venda da Amazonas Energia, distribuidora de energia do Amazonas, para a Âmbar, empresa do Grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.
Contudo, o plano aprovado está limitado a condições com as quais a companhia não concordou até o momento e poderá não ser concretizado.
Após a decisão, a Âmbar Energia afirmou em nota que analisará a decisão da diretoria da Aneel e “seguirá mantendo o diálogo com a agência, em busca de uma solução definitiva para a situação dos consumidores de energia do Amazonas.”
Leia mais notícias de Economia na Oeste
Na semana passada, a Justiça Federal do Amazonas obrigou a Aneel a transferir o controle da Amazonas Energia para o Grupo J&F. A agência, porém, se dividiu e a decisão terminou em empate entre os quatro diretores.
Nesta terça-feira, 1º, o diretor-geral do órgão regulador, Sandoval Feitosa, apresentou um novo voto, concordando com o plano de R$ 8 bilhões, conforme orientação da área técnica da Aneel.
Aneel recomenda redução na conta de luz
Feitosa, no entanto, tentou deixar aberta a possibilidade de a Âmbar assumir a Amazonas Energia conforme o plano original da empresa. A Âmbar rejeita.
A proposta original da empresa teria um custo de R$ 16 bilhões para os consumidores de todo o País em 15 anos. Os consultores da Aneel recomendaram um plano mais barato para a conta de luz, de R$ 8 bilhões, exigindo compromissos maiores da empresa.
Compradora não vê lucratividade
A Âmbar apresentou uma nova proposta, com custo de R$ 14 bilhões e pagamento da dívida em R$ 6,5 bilhões até 2025. Agora, a Âmbar terá 24 horas para dizer se concorda ou não em assumir a Amazonas Energia nas condições exigidas pela Aneel inicialmente.
Até o momento, em manifestações na Aneel e em reuniões com autoridades, a empresa deixou claro que não aceitaria os termos nessas condições por não ver lucratividade no negócio.
Leia também: “Senado aprova emenda que pode deixar conta de luz mais cara”
É assim a “energia erótica”.