A maior parte dos oito membros que participaram da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realizada na semana passada avalia que é possível, a partir da próxima reunião, começar a diminuir a taxa anual de juros. A Ata do Copom foi divulgada nesta terça-feira, 27.
“A avaliação predominante foi que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”, afirma a ata da reunião de 21 de junho, que definiu pela manutenção da Selic em 13,75%.
Na ata, o Banco Central informa que o outro grupo, minoritário, “se mostrou mais cauteloso”. Esses diretores consideram que a queda da inflação observada nas últimas semanas ainda reflete o recuo de componentes mais voláteis e gera dúvida sobre o impacto do aperto monetário até então implementado. “Para esse grupo, é necessário observar maior reancoragem das expectativas longas e acumular mais evidências de desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo”, diz o documento.
Entretanto, houve unanimidade sobre a necessidade de observar a “evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica”, antes de dar os passos futuros da política monetária.
A diretoria do Copom deixou claro, no entanto, que o afrouxamento do aperto monetário exige “confiança na trajetória do processo de desinflação”. “Flexibilizações prematuras podem ensejar reacelerações do processo inflacionário e, consequentemente, levar a uma reversão do próprio processo de relaxamento monetário”, avaliou o comitê, de forma unânime.
oi
Rezem e agradeçam a Deus pelo Campos Neto no Banco Central.