Com o aumento do preço dos combustíveis, o momento não parece propício para a aviação civil. A companhia aérea Azul, a exemplo da Latam, também fechou o segundo trimestre com prejuízo. De acordo com o balanço da Azul, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira, 11, a empresa teve prejuízo de R$ 2,6 bilhões nos últimos três meses, revertendo lucro de R$ 1,07 bilhão no mesmo período de 2021. Apesar disso, a companhia aérea fechou o semestre com saldo positivo de R$ 34,2 milhões.
De acordo com o balanço, a Azul teve receita operacional recorde no trimestre de R$ 3,9 bilhões, ante R$ 1,7 bilhão no mesmo período de 2021. A receita de passageiros atingiu R$ 3,5 bilhões no segundo trimestre, alta de 151% na comparação anual. Já a receita de cargas e outros totalizou R$ 366,3 milhões no período, alta de 28,6% na mesma base de comparação.
Entretanto, as despesas cresceram 80,2% em um ano, especialmente em razão da alta do combustível de aviação (QAV), cuja despesa aumentou quase 179% em relação ao segundo trimestre do ano passado. “Incertezas geopolíticas levaram ao aumento dos preços dos combustíveis e à desvalorização do real brasileiro, mas demonstramos mais uma vez nosso aumento de capacidade disciplinado e focado em mercados onde já somos fortes”, disse a companhia no balanço.
Sobre as expectativas da companhia aérea para os próximos meses, o CEO da Azul, John Rodgerson, expressou otimismo. “O cenário macroeconômico atual é animador, e estamos muito ansiosos pelo segundo semestre do ano, sazonalmente o nosso período mais forte, o que deverá nos dar um grande impulso para um 2023 muito mais lucrativo”, concluiu.