O Banco Central (BC) anunciou nesta sexta-feira, 27, que está desenvolvendo, em conjunto com as instituições financeiras, mecanismos adicionais de segurança para o Pix e outros meios de pagamento digitais. Ainda não foi informado quando as novas regras passarão a valer.
Entre as medidas em implementação está o estabelecimento do limite de R$ 1.000 para operações entre pessoas físicas no período noturno (das 20 horas às 6 horas), incluindo transferências intrabancárias, Pix, cartões de débito e TEDs.
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Bandidos têm tirado vantagem da facilidade e da rapidez do Pix para aplicar golpes ou para pedir que a vítima transfira grandes quantias rapidamente durante roubos ou sequestros. Para impedir essa prática, o BC pretende estabelecer prazo mínimo de 24 horas para efetivar aumento de limites de transações.
A ideia também é oferecer aos clientes a possibilidade de estabelecer limites diferentes no Pix para os períodos diurno e noturno, permitindo valores menores durante a noite. O usuário poderá cadastrar previamente contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos.
O bancos também poderão reter uma transação Pix por 30 minutos durante o dia ou por 60 minutos durante a noite para a análise de risco da operação, informando ao usuário quanto à retenção.
“Em conjunto, essas medidas, bem como a possibilidade de os clientes colocarem os limites de suas transações em zero, aumentam a proteção dos usuários e contribuem para reduzir o incentivo ao cometimento de crimes contra a pessoa utilizando meios de pagamento, visto que os baixos valores a serem eventualmente obtidos em tais ações tendem a não compensar os riscos”, afirma o Banco Central.