O Banco Central da China (PBoC) vai reduzir a quantidade de dinheiro que as instituições financeiras do país precisam reter a partir de depósitos — o depósito compulsório. A estratégia, que foi anunciada nesta quarta-feira, 24, busca impulsionar a economia local.
Durante coletiva de imprensa desta manhã, o presidente do PBoC, Pan Gongsheng, informou que a taxa do depósito compulsório vai ser reduzida em 50 pontos-base. Apesar do anúncio ter sido feito hoje, a medida vai entrar em vigor a partir de 5 de fevereiro.
Segundo Gongsheng, a mudança deve injetar cerca de 1 trilhão de yuans (US$ 141 bilhões) na economia do país.
Além disso, o Banco Central da China vai reduzir suas taxas de empréstimo e de desconto em 25 pontos-base. A alteração entrará em vigor a partir desta quinta-feira, 25.
O PBoC ainda informou que há espaço para maior flexibilização da política monetária.
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Ao reduzir essas taxas, o Banco Central do país asiático viabiliza a capacidade dos bancos chineses de oferecerem empréstimos a menores custos a credores. A partir dos novos empréstimos, a economia do país deve ser estimulada — ao menos é o que apostam as autoridades chinesas.
Banco Central da China deve anunciar nova política para resgatar setor imobiliário do país
Além disso, o presidente da autoridade monetária chinesa afirmou que o PBoC e a Administração Regulatória Financeira Nacional do país estão trabalhando em uma nova política. A ação apoiará empréstimos a incorporadoras imobiliárias chinesas.
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No entanto, o executivo não apresentou mais detalhes sobre a questão do setor imobiliário da China. Gongsheng disse, contudo, que os problemas de dívida do governo estavam principalmente em regiões subdesenvolvidas do país.
As dificuldades do setor imobiliário da China estão relacionadas às finanças do governo asiático, que é controlado pelo Partido Comunista. O mercado imobiliário do país despencou depois que Pequim, em 2020, reprimiu a alta dependência de dívidas das incorporadas para o crescimento.
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