O Banco da Inglaterra (BoE) elevou nesta quinta-feira, 3, sua principal taxa de juros em 0,75 ponto porcentual, o maior aumento desde 1989, para 3%. A instituição luta para evitar um avanço na inflação, impulsionado pela alta dos preços da energia, mesmo com a economia do Reino Unido entrando em uma recessão esperada.
O sentimento é de que os custos de empréstimos mais altos afetarão uma economia já fraca, com os consumidores se preparando para um período difícil de queda da renda real e aumento dos preços.
O núcleo da inflação, que exclui os preços voláteis de energia e alimentos, está em 6,5% e os salários regulares do setor privado estão subindo em um ritmo não visto em mais de 20 anos.
O Banco da Inglaterra enfatizou que o pico das taxas será “mais baixo do que o precificado nos mercados financeiros”.
As projeções indicam que se as taxas permanecerem em seu nível atual de 3% a recessão será mais curta e superficial e inflação cairá para perto da meta em dois anos.
“Mais aumentos na taxa bancária podem ser necessários para um retorno sustentável da inflação à meta, embora para um pico mais baixo do que o precificado nos mercados financeiros”, divulgou o BoE.