Os bancos brasileiros mantiveram a projeção de crescimento de 7,6% da carteira de crédito para esse ano.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 9, pela Pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) realizada entre os dias 27 de setembro e 3 de outubro com 18 bancos.
Além disso, as instituições de crédito brasileiras otimistas para o ano de 2024, estimando alta de 8,1%, contra os 7,9% na concessão de crédito.
A pesquisa da Febraban é feita a cada 45 dias, após a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
“A estabilidade das projeções reflete a melhora no desempenho do crédito nos últimos meses”, disse o diretor de economia, regulação prudencial e riscos da Febraban, Rubens Sardenberg, no comunicado.
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“Apesar de continuarmos observando uma desaceleração no ritmo de expansão anual da carteira, os dados têm trazido sinais positivos, como a queda das taxas de juros e a estabilidade da inadimplência”, informou a Febraban.
Principais mudanças para 2023 e 2024
A revisão positiva para 2024 deve-se principalmente à projeção mais alta para a carteira direcionada, (em que os recursos são concedidos com destinação específica).
A expectativa de crescimento para 2024 passou de 6,9% para 7,8%, enquanto na carteira livre, a projeção caiu de 8,6% para 8,4% entre agosto e setembro.
Em 2023, as projeções para o crédito livre também receberam uma revisão positiva, passando de 6,3% para 6,4%.
Esse aumento é impulsionado pelas operações destinadas a empresas, com uma projeção de crescimento que subiu de 1,7% para 2,3%.
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De acordo com a Febraban, a melhora deve-se à revisão dos dados de antecipação de faturas feita pelo Banco Central em agosto, que teve um impacto relevante na carteira livre de pessoa jurídica.
No entanto, na carteira direcionada, houve uma revisão levemente negativa, com as expectativas de alta diminuindo de 9,3% para 9,2%.
Essa revisão negativa foi influenciada pela queda na projeção de crédito para pessoas físicas, de 10,6% para 10,2% nesse ano.
Na inadimplência da carteira livre, a pesquisa mostra estabilidade nas projeções tanto para 2023 quanto para 2024, mantendo-se em 4,9% e 4,5%, respectivamente.
Para a Febraban, esse movimento indica que a alta pode ter chegado ao fim, junto com um cenário de concessão de crédito mais controlado por parte dos bancos.