O Serasa constatou que 25% das dívidas pendentes dos brasileiros são com contas de serviços essenciais, como luz, água, gás e telefone. Esse é o maior patamar alcançado para esse tipo de inadimplência desde o início da série histórica, em janeiro de 2019.
Outro dado do relatório mostra que a inadimplência voltou a subir no Brasil em agosto, com 320 mil devedores a mais do que em julho. Ao todo, 71,7 milhões de pessoas estavam no cadastro de nome sujo.
O recorte apresenta o seguinte cenário: mulheres representam 50,4%, e homens 49,6%. As faixas etárias mais afetadas são de 41 a 60 anos de idade (35%) e de 26 a 40 anos (34,5%).
Em relação aos tipos de contas: 24,47% eram do tipo de serviços essenciais em agosto, uma alta de 0,53 ponto porcentual ante o mês anterior. Desde o início do ano, o número de dívidas nas contas básicas cresceu 2,97 por pessoa.
Desenrola não evita alta das dívidas: dados do Serasa
Começa no fim de setembro a chamada Faixa 1 do Desenrola. A etapa promete negociar contas atrasadas de até R$ 5 mil. Estarão inclusos outros tipos de dívida além das bancárias, que foram o foco da primeira fase do programa.
A plataforma para a renegociação das dívidas será disponibilizada na nova fase. O público-alvo será pessoas com renda de até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no CadÚnico.
Nesta semana, o Ministério da Fazenda anunciou que interessados em aderir à Faixa 1 do Desenrola precisarão ter uma conta nível prata ou ouro no portal Gov.Br.
- “A farsa do Desenrola”, reportagem de Carlo Cauti publicada na Edição 177 da Revista Oeste
Para essa renegociação, o governo federal irá oferecer R$ 8 bilhões, por meio do Fundo de Garantia de Operações (FGO), para assegurar o funcionamento do programa. Desde o lançamento do Desenrola, o Banco do Brasil renegociou R$ 7,8 bilhões.
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