A chance de estouro da meta da inflação para 2023 é de 57%, de acordo com dados do relatório de inflação do Banco Central (BC), divulgado nesta quinta-feira, 15. Essa é a segunda vez consecutiva em que a probabilidade é revista para cima.
Na projeção anterior, a possibilidade de a inflação superar a meta era de 46%. Se esse cenário se concretizar, será o terceiro ano consecutivo de estouro da meta.
A meta de inflação para 2023 é de 3,25%, com variação de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo, ou seja, o teto da meta é de 4,75%. A meta será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. A projeção de inflação do BC para o próximo ano é de 5%. A probabilidade de a inflação ficar abaixo do piso da meta em 2023 (de 1,75%) é de apenas 1%.
A meta já havia sido estourada em 2021, quando o limite superior era de 5% e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminou o ano em 10,06%. Para 2022, a meta é 3,5% com teto de 5%, e a última projeção do boletim Focus foi de 5,79%.
O BC aumentou as projeções de inflação para 2022, 2023 e 2024 — apenas a expectativa para 2025 se manteve ancorada no mesmo patamar do último relatório, divulgado em setembro.
Segundo o BC, as principais razões para as revisões estão relacionadas à alta dos preços dos alimentos e dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, que foram alvos de desonerações fiscais, como redução de ICMS sobre produtos essenciais, medidas adotadas pelo governo neste ano.
“Primeiro, não se concretizou parte da redução esperada nas tarifas de energia elétrica residencial, decorrente da retirada de itens da base de cálculo do seu ICMS. Esse fator contribuiu com mais de dois terços da surpresa. Segundo, houve alta substancial nos preços de alimentos in natura, associada a chuvas mais fortes e mais cedo do que o esperado”, diz o BC, no relatório.
Crescimento do PIB
No mesmo relatório, o BC aumentou de 2,7% para 2,9% a previsão de crescimento do PIB brasileiro neste ano. “A alta na projeção do PIB refletiu, sob a ótica da produção, elevação na previsão para o setor de serviços, parcialmente compensada por recuo nas estimativas para agropecuária e indústria”, diz um trecho do documento. Em relação a 2023, a previsão de alta do PIB foi mantida em 1%.
Só fazer o L
Faz o L petralhada imbecil