O valor das ações de empresas do setor de tecnologia disparou em 2024 nos Estados Unidos. Com isso, alguns bilionários, como Mark Zuckerberg, da Meta, e Larry Ellison, da Oracle, viram seu dinheiro multiplicar. Magnatas do setor de luxo, no entanto, perderam bilhões em meio principalmente a uma desaceleração da indústria e do consumo asiático.
Os cinco bilionários que mais aumentaram sua riqueza neste ano viram seu patrimônio crescer, juntos, US$ 542 bilhões (mais de R$ 3 trilhões), conforme o Índice de Bilionários da Bloomberg. Essa turma é do segmento de tecnologia, área em que o entusiasmo pela inteligência artificial (IA) impulsionou os papéis em bolsa a alcançarem máximas históricas.
Bilionários que mais ganharam
Elon Musk, com uma fortuna avaliada em US$ 468 bilhões, quase dobrou seu patrimônio líquido em 2024. O aumento se deu principalmente com a valorização de suas ações depois da vitória de Donald Trump à Casa Branca. Desde o dia da eleição, Musk embolsou aproximadamente US$ 200 bilhões.
Seu patrimônio inclui ações da Tesla e da SpaceX. Embora as vendas de veículos elétricos não sejam motivo de festa, o valor dos ativos da Tesla subiu mais de 70% neste ano. Por sua vez, a SpaceX, empresa que fez um foguete dar ré, dobrou de valor e, desse modo, agora custa US$ 350 bilhões.
O poder da inteligência artificial
Fundador e maior acionista individual da Meta (dona do Instagram e do Facebook), Mark Zuckerberg viu sua fortuna crescer significativamente. Detentor de 13% das ações da empresa que ajudou a revolucionar sobretudo o universo das redes sociais, Zuckerberg termina 2024 com um patrimônio US$ 213 bilhões.
Quem se beneficiou também do boom do mercado de IA foi a Nvidia, uma das mais importantes companhias do setor. Com isso, seu principal acionista, o engenheiro eletricista Jensen Huang, ficou US$ 78 bilhões mais rico. O acréscimo na conta-corrente o fez ultrapassar os US$ 100 bilhões neste ano. Sua fortuna está, agora, na casa dos US$ 122 bilhões.
Oracle e Amazon
Larry Ellison tem um patrimônio de US$ 193 bilhões. As ações da sua empresa, a Oracle, subiram mais de 60% no acumulado do ano, impulsionadas pela crescente demanda por suas aplicações e infraestrutura de nuvem. Além disso, Ellison detém mais de 1% das ações da Tesla, avaliadas em US$ 20 bilhões, segundo a Bloomberg.
Jeff Bezos, fundador da Amazon, continua sendo o maior acionista individual da empresa. Os papéis da companhia, que é líder em comércio eletrônico e computação em nuvem, subiram mais de 45% em 2024. Assim, sua fortuna chegou ao patamar de US$ 246 bilhões.
Bilionários que ficaram mais ‘pobres’
No outro lado da balança, aparece Bernard Arnault, que perdeu neste ano US$ 31 bilhões. O CEO da LVMH viu sua fortuna encolher de US$ 207 bilhões para US$ 176 bilhões. Esse valor corresponde aos 48% da holding, que é dona de marcas como Louis Vuitton e Christian Dior. Os itens de luxo sofreram neste ano, especialmente na China, onde a crise imobiliária e o desemprego esfriaram o consumo.
Quem também pode não ter muito o que comemorar nesta virada de ano é Françoise Bettencourt Meyers. A segunda mulher mais rica do mundo viu US$ 25 bilhões evaporarem do seu patrimônio. De US$ 100 bilhões, ela tem agora ‘apenas’ US$ 75 bilhões. A fortuna resulta da participação acionária que herdou do gigante de cosméticos L’Oréal, cuja cotação caiu mais de 26% no acumulado do ano.
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