O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, na tarde deste sábado, 2, um edital de R$ 450 milhões para investir na restauração de grandes áreas desmatadas ou degradadas do bioma amazônico.
A chamada faz parte de um programa maior, denominado Arco de Restauração na Amazônia. Os recursos irão sair do Fundo Amazônia, formado por doações de fundos soberanos.
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“Vamos fazer reflorestamento, para a floresta se regenerar”, explicou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “É a resposta mais barata e mais rápida para a crise climática, porque sequestra carbono e armazena carbono.”
O Restaura Amazônia vai selecionar três organizações com experiência e capacidade para atuar como parceiros gestores da iniciativa nos territórios. Cada um será responsável por uma das três macrorregiões estabelecidas: Estados do Acre, Amazonas e Rondônia; Mato Grosso e Tocantins; e Pará e Maranhão.
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O comitê de avaliação dos inscritos no edital será formado por representantes do BNDES, dos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, dos Estados e da sociedade civil integrante do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa).
Além do Fundo Amazônia, recursos do Fundo Clima também poderão ser usados por meio de operações de financiamento, com taxas de juros reduzidas. Segundo comunicado do BNDES, serão disponibilizados, em 2024, R$ 400 milhões do orçamento de florestas do novo Fundo Clima. O banco informou que o projeto também receberá parte dos recursos captados com títulos sustentáveis (sustainable bonds) pelo Tesouro Nacional.
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O objetivo do governo é restaurar 6 milhões de hectares de áreas prioritárias até 2030 e mais 18 milhões de hectares até 2050. A previsão é de que o Arco da Restauração poderá gerar até 10 milhões de empregos na Amazônia.
Área de queimadas triplica no Pantanal
Se depender do número de queimadas e do desmatamento na Amazônia, o governo brasileiro terá de trabalhar com intensidade. Isso porque o número de áreas queimadas na região do Pantanal, de janeiro a novembro, é 200% superior ao mesmo período de 2022. Os dados são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Os incêndios têm atingido os Estados de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul e representam 7% do Pantanal. As chamas já consumiram 950 mil hectares em 2023, contra 316 mil no mesmo período (janeiro a novembro) de 2022.
Devastação da Amazônia em setembro teve sétima pior marca da série histórica
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento na Região Amazônica cresceu 51,1% no mês de setembro frente ao mês de agosto. Trata-se da sétima pior marca da série histórica do Inpe, iniciada há 4 anos.
O Pará foi o Estado que mais desmatou, responsável por 35,5% da devastação da região, seguido da Amazônia, com 18,4% do total desmatado.
Além disso, o mês teve o maior desmatamento de mata intocada, onde ainda não houve mudanças em suas características originais.
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado
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