O Senado brasileiro aprovou a entrada da Bolívia Mercado Comum do Sul (Mercosul), na quinta-feira 28. A medida segue para a aprovação da Presidência da República. Mas a contribuição que os bolivianos são capazes de dar não se equipara às das duas nações que sustentam a economia do bloco.
De acordo com a Organização Mundial do Comércio, o produto interno do Mercosul fechou em US$ 2,7 trilhões em 2022. Por volta de 95% disso vem do Brasil e Argentina, responsáveis por quase US$ 2 trilhões e US$ 640 bilhões, respectivamente.
PIB: Bolívia versus Mercosul
Ao mesmo tempo, o PIB da Bolívia fechou em pouco mais US$ 40 bilhões. A cifra corresponde 1,6% de toda a riqueza gerada pelos países ativos no Mercosul no mesmo ano.
Atualmente, o bloco é formado por cinco países. Quatro deles estão ativos: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O país suspenso é a Venezuela. A medida ocorreu porque essa nação não cumpre com os compromissos democráticos assumidos pelo grupo, conforme atesta uma resolução publicada pelo bloco em 2017.
O PIB da Bolívia equivale ao do Paraguai — país na lanterna do grupo. Há ainda uma grande distância entre os poderes de compra da população dos dois países.
A riqueza per capita dos paraguaios é de US$ 5,3 mil por ano. Ao mesmo tempo, a proporção para os bolivianos está em US$ 3,4 mil — ou seja, cifra 35% menor.
Além disso, a Bolívia passa por um período conturbado, em que membros da oposição se tornaram prisioneiros políticos. O caso mais famoso é de Jeanine Añez. Ela governou o país entre 2019 e 2020, em um mandato tampão depois da renúncia de Evo Morales — o ex-presidente aliado do ditador Venezuelano, Nicolás
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