De acordo com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, o Brasil possui as condições de virar um centro mundial para a negociação de carbono
O presidente do Banco Central (BC) do Brasil, Roberto Campos Neto, afirmou que até 20% das emissões mundiais de carbono podem ser precificadas. Ele apresentou a ideia do Brasil virar um centro mundial para a negociação de carbono.
Essas declarações do presidente do Banco Central aconteceram durante uma videoconferência da Climate Bonds Initiative (CBI). O evento também contou com as participações do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Segundo Campos Neto, o Brasil já possui um histórico muito grande em ações de sustentabilidade, “apesar do que escutamos e lemos às vezes na mídia”. “Existe falta de informação grande em relação ao que Brasil está fazendo na área climática”, concluiu ele, informa o site Poder360.
O presidente do BC falou que a instituição está passando sinais positivos sobre a área ambiental e que “participamos ativamente na formulação de melhores práticas internacionais”. Ele completou: “queremos então criar um marco regulatório mais importante e mais robusto nessa área financeira no Brasil”.
Campos Neto afirmou que o Banco Central vai tomar medidas para atrair investimentos ambientais para o país. As medidas serão complementares àquelas tomadas pelo Ministério da Agricultura e o da Infraestrutura.
Roberto Campos Neto
Neto do ex-ministro do Planejamento e ex-presidente do BNDES Roberto Campos (1917-1991), Roberto Campos Neto assumiu a presidência do BC em 2019, indicado por Paulo Guedes.
Após fazer carreira no mercado financeiro, Campos Neto entrou no BC com a expectativa de, principalmente, modernizar o sistema bancário nacional, com a adoção de novas tecnologias.
Em seu mandato, a taxa Selic, a taxa de juros oficial do Brasil, atingiu o seu menor patamar da história, alcançando 2,25% ao ano.
A competência vem da educação e genética.