O Ministério da Gestão e Inovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a realização de novos concursos públicos para 4,4 mil vagas permanentes. A medida, anunciada na sexta-feira 16, fez o Brasil atingir a maior quantidade de novas vagas criadas dos últimos dez anos.
Do início do ano até agora, o governo petista abriu cerca de 5,8 mil vagas. A expectativa é que o impacto no Orçamento — e no bolso dos pagadores de impostos — será de R$ 735 milhões.
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Em 2013, no governo Dilma Rousseff, houve a abertura de 7,7 mil novos cargos. Já no governo Bolsonaro o país abriu 6,1 mil novas vagas permanentes em concursos públicos.
Como funciona a distribuição de vagas para os concursos federais?
Ainda segundo a ministra, os critérios adotados para a prioridade dos certames foram:
• Tempo do último concurso aberto;
• Vacâncias;
• Números de aposentadorias nos próximos anos;
• Perda em relação à ocupação máxima pré-existente; e
• Averiguação se o órgão precisa de servidores em áreas que ainda não existem ou não estão ocupadas.
Esther disse também que todos os concursos terão “preocupação especial” com cotas raciais e para pessoas com deficiência.
Para onde irão as vagas?
De acordo com a ministra, as 4,4 mil vagas devem preencher os quadros de 20 ministérios. O número de vagas consta em edição extra do Diário Oficial da União da sexta-feira.
- Ministério da Agricultura: 440
- Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet): 80
- Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra): 742
- Ministério da Educação: 220
- Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep): 50
- Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes): 50
- Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE): 100
- Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio): 160
- Ministério das Relações Exteriores: 100
- Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI): 120
- Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro): 100
- Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT): 100
- Agência Nacional de Mineração (ANM): 24
- Ministério de Minas e Energia: 30
- Analista de infraestrutura: 300
- Analista em Tecnologia da Informação: 300
- Auditor-Fiscal do Trabalho: 900
- Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): 50
- Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam): 50
- Ministério da Saúde: 220
- Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): 300
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Vejam os números para a reforma agrária.
É a confirmação que o o Agronegócio está em risco.