O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou nesta sexta-feira, 15, o compromisso da autoridade monetária brasileira a cumprir a meta de inflação estipulada pelo governo para 2022. Apesar das dificuldades e da alta registrada nos últimos meses, o dirigente disse que “é perfeitamente possível” entregar o resultado esperado no ano que vem.
“É perfeitamente possível fazer o trabalho, a menos que outros choques aconteçam, com esse ritmo que estamos mantendo”, afirmou Campos Neto durante um evento on-line promovido por uma instituição financeira. “É importante enfatizar que nossa meta é 2022 e faremos o que for preciso para colocar a inflação na meta nesse horizonte.”
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Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, teve alta de 1,16%, a maior para o mês desde o início do Plano Real, em 1994. No acumulado de 12 meses, o indicador chegou aos dois dígitos (10,25%).
O centro da meta de inflação para este ano é de 3,75% e, pelo sistema vigente no país, ela será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Para 2022, a meta é de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (de 2% a 5%).
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Segundo Campos Neto, a manutenção do ritmo de elevação dos juros oferece ao BC tempo para analisar o cenário diante de tantas incertezas. “Vemos que o melhor jeito de atuar é manter o ritmo, entendendo que a [taxa] terminal é o mais importante e o tempo que ganhamos é muito valioso para conseguirmos decifrar as informações no curto prazo e também para entendermos como essa transmissão está acontecendo na curva de juros e como as expectativas estão se comportando”, afirmou o presidente do BC.
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O trabalhador é que vai se ferrar de novo … Sempre a velha política!
Governo genocida!!
A conta do “fique em casa” chegou. Agora, é a vez do “fique pobre”. Infelizmente, não há como reverter o processo inflacionário deflagrado. Em todos os anos do Real, nunca houve tamanha injeção de moeda como em 2020. Também nunca houve o déficit que aconteceu e o Governo nunca gastou tanto. Além disso, os juros no patamar mais baixo da história tiraram qualquer âncora cambial que o Real tinha. Não deu outra. A única forma de impedir a continuação do aumento de preços é uma forte contração da base monetária brasileira, um aumento ainda maior dos juros para aumentar o carrego e um profundo corte de gastos pelo Governo, pelo menos o bastante para que passe a ter superávit e possibilite a redução da dívida, reduzindo o problema fiscal (que é a raiz do problema). Boa sorte ao Presidente do BC, ao Presidente da República e aos brasileiros.