As companhias aéreas na América Latina devem ter um prejuízo de US$ 2 bilhões (R$ 10 bilhões) em 2022 e de US$ 795 milhões (R$ 4 bilhões) em 2023, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira, 6, em Genebra, pela Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata).
O prejuízo na América Latina representa 2,4% do faturamento deste ano e deverá corresponder a 0,6% no ano que vem. A entidade projeta, para a região, que a demanda de passageiros cresça 9,3%, e que o total de passageiros transportados atinja 95,6% do registrado antes da pandemia.
No cenário global, entre 2020 e 2021, as empresas do setor registraram prejuízos de US$ 180 bilhões, devido à pandemia e à redução drástica de voos em todo o mundo. Neste ano, o prejuízo do setor deve ser de US$ 6,9 bilhões.
Para 2023, a expectativa é positiva, com previsão de lucros pela primeira vez desde a pandemia. A projeção é de US$ 4,7 bilhões em lucros para as companhias aéreas no ano que vem.
As companhias da América do Norte fecharão o ano com um lucro total de US$ 11,4 bilhões; as da Europa, com US$ 630 milhões; e as do Oriente Médio registrarão lucros de US$ 315 milhões.
Mas nem todas as regiões vão ter lucro. Além da América Latina, as companhias da África e da Ásia Pacífico continuarão acumulando perdas. Na África, o prejuízo deve ser de US$ 200 milhões e na Ásia, de US$ de 6,6 bilhões. Nesse último caso, o prejuízo se deve principalmente às restrições de viagens decretadas pela China, principal mercado aéreo da região.
A política chinesa de covid zero também afetou a estimativa de tráfego de passageiros da Iata para 2022, que alcança 70,6% do nível de 2019, contra a previsão anterior, de 82,4%.