Apenas instituições com mais de 4 milhões de clientes entram na lista, que no segundo trimestre é liderada pelo Pan, BMG e Inter
O Banco Pan ficou em primeiro lugar no ranking de reclamações contra instituições financeiras no segundo trimestre de 2020, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 15, pelo Banco Central (BC).
Foram consideradas as instituições com mais de 4 milhões de clientes.
O BMG ficou em segundo lugar e o Banco Inter em terceiro.
No período, o BC recebeu 794 queixas consideradas procedentes contra o Banco Pan, a maioria por “irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, ao sigilo ou à legitimidade dos serviços relacionados a operações de crédito”.
Ao BMG foram atribuídas 520 reclamações, a maioria delas sobre “oferta ou prestação de informação sobre crédito consignado de forma inadequada”.
Já o Inter recebeu 557, sendo a maior parte das reclamações sobre “irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito”.
Para elaborar o ranking, as reclamações procedentes são divididas pelo número de clientes da instituição financeira e multiplicadas por 1 milhão. Assim, é gerado um índice, que representa o número de reclamações do banco para cada milhão de clientes.
O resultado é, portanto, avaliado pela quantidade de clientes de cada instituição.
Com esse cálculo, o Pan ficou com o índice de 158,89. As queixas contra o BMG resultaram no índice 99,80. E o Banco Inter obteve o índice 97,92. O Banco Pan tem 4.996.952 clientes; o BMG, 5.210.230; e o Inter, 5.688.290.
Entre os bancos com maior número de clientes, o Santander, com 49.334.145, apareceu em quarto lugar no ranking, com 2.040 reclamações consideradas procedentes. Em seguida, na quinta colocação, vem a Caixa Econômica Federal, com 3.053 reclamações. O banco tem 115.407.209 clientes.
Na sexta posição está o Bradesco, com 2.408 reclamações e 98.855.959 clientes. O Banco do Brasil, que tem 67.076.893 clientes, ficou na sétima posição, somando 1.527 reclamações procedentes. O Itaú vem na sequência, em oitavo lugar, com 1.750 reclamações consideradas procedentes de seus 82.959.663 clientes.
Reclamações
A maioria das reclamações registradas pelo BC e consideradas procedentes se deve a irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, ao sigilo ou à legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito (2.228) e a operações de crédito (2.050). No total, o Banco Central considerou procedentes 15.758 queixas de clientes contra os bancos no país.
A insatisfação com serviços e produtos oferecidos por instituições financeiras pode ser registrada no BC, e as reclamações ajudam na fiscalização e na regulação do Sistema Financeiro Nacional.
Quando a reclamação chega ao Banco Central, é encaminhada para o banco, que tem prazo de dez dias úteis (descontados sábados, domingos e feriados) para dar uma resposta, com cópia para o BC.
Reclamar contra estas entidades financeiras é pregar no deserto. Todos os órgãos responsáveis pela fiscalização recebem propina, e nenhuma providência é tomada. Continuam impunes e agindo como lhes aprouver. Sei como isso funciona. O famigerado BMG emitiu um cartão de crédito em meu nome, outorgou-me um empréstimo sem eu solicitar, com cadastro todo adulterado. No contrato de empréstimo (sem minha solicitação, reforço!) nada confere: assinatura falsificada, documento de identidade falsificado, endereço de residência inexistente. Já devolvi o montante do empréstimo e o processo está na justiça. Já tenho mais 50 telefones bloqueados em meu celular, fora os do telefone fixo. Até carta de cobrança já recebi. É raro o dia que não recebo telefonemas com ameaça e cobrança.