O governo federal aprovou nesta quinta-feira, 25, a distribuição de R$ 21 bilhões em dividendos extraordinários da Petrobras. Também indicou a possibilidade de distribuição de valor equivalente ao longo do ano, conforme as condições financeiras da companhia.
A medida contempla a distribuição de 50% do lucro excedente da Petrobras de R$ 43 bilhões no ano de 2024. A proposta foi apresentada pelo procurador da Fazenda Nacional, Ivo Timbó, que representa a União. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
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“A União vota pela alteração da original proposta da administração da Petrobras quanto à destinação do resultado de 2023”, disse. “Ajustando a para a distribuição de 50% do lucro líquido remanescente.”
Embora o governo tenha votado a favor da proposta —e tem voto majoritário, o que é suficiente para aprovar a matéria—, tinha rejeitado os termos em março. Isso desencadeou uma crise de confiança sobre a Petrobras.
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A proposta da União ainda estabelece “avaliar ao longo do corrente ano a viabilidade de distribuição, a título de dividendos extraordinários dos 50% remanescentes ora destinados à reserva de capital.”
Segundo Alexandre Pletes, chefe de renda variável da Faz Capital, o governo é “um dos principais beneficiários desses dividendos” e disse que se trata de um fato “relevante”.
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“Considerando a recente mudança na meta fiscal para 2025, visando um déficit zero e a possível utilidade desses dividendos da Petrobras para ajudar a atingir esse objetivo”, declarou.
A assembleia também aprovou, com 81,08% dos votos, a prestação de contas dos administradores, o relatório da administração e as demonstrações financeiras de 2024.
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Acionistas da Petrobras ainda irão eleger o seu novo conselho de administração. Estarão em jogo 10 das 11 cadeiras do colegiado que decide a estratégia da companhia.
É a destruição combinada de uma empresa que a duras penas, pós PT ,funcionava.