Em julho de 2024, o Brasil registrou déficit de US$ 5,2 bilhões nas transações correntes das contas externas. Trata-se do pior resultado para o mês desde 2022, conforme os dados divulgados nesta segunda-feira, 26, pelo Banco Central.
O relatório de estatísticas do setor externo do Banco Central, que calcula mensalmente as transações correntes do Brasil, inclui o saldo da balança comercial e os serviços adquiridos por brasileiros no exterior — como remessas de juros, lucros e dividendos.
Aumenta o déficit nas contas externas
O déficit nas contas externas aumentou 45,1% em julho, em comparação com o mesmo mês de 2023. E não para aí. O déficit na conta de serviços também subiu em US$ 1,5 bilhão.
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Já a balança comercial registrou um superávit de US$ 7,6 bilhões — US$ 516 milhões a menos do que em julho de 2023.
O investimento direto no Brasil
No período de 12 meses até julho, as transações correntes apresentaram déficit de US$ 34,8 bilhões, equivalente a 1,5% do PIB. Esse valor é superior aos registrados anteriormente, com US$ 33,2 bilhões até junho e US$ 37,7 bilhões até julho de 2023.
O déficit nas contas externas foi compensado pelo investimento direto no país (IDP), com uma entrada líquida de US$ 7,3 bilhões em julho de 2024. Esse valor representa um aumento de 2,2%, em comparação com julho de 2023, e é o maior registrado para o mês desde 2021.
No acumulado de 12 meses, o IDP atingiu US$ 71,8 bilhões, ou 3,2% do PIB, superando os valores anteriores.