Em artigo publicado na Edição 114 da Revista Oeste, Ubiratan Jorge Iorio argumenta que é necessário privatizar a Petrobras.
Leia um trecho
“Os argumentos contra a privatização da Petrobras são invariavelmente generalidades repletas de bordões e ocas de lógica: ‘o petróleo é nosso’, ‘o setor é estratégico’, ‘não podemos vender o patrimônio público a preço de bananas’, ‘a empresa já é eficiente’, ‘ela tem uma função social’ e outros arroubos juvenis semelhantes, que torturam há bastante tempo os ouvidos apurados. É um panegírico repleto de clichês daquele nacionalismo ultrapassado de Vargas e Brizola e sem nenhuma substância. Puro populismo eleitoreiro.
Não existe, simplesmente, o tal ‘patrimônio público’, pois se alguém entrar na sede da Petrobras achando que o prédio lhe pertence, será detido pelos seguranças na portaria e terá de se identificar e informar o que vai fazer. O ‘petróleo é nosso’ é outra falácia, já que, se um motorista ingênuo mandar um frentista encher o tanque do seu carro e disser que não vai pagar por isso, certamente terá problemas. O argumento “estratégico” também é frágil, já que, no caso probabilisticamente impossível de o Brasil se envolver em uma guerra contra o país-sede da empresa privatizada, basta acionar as Forças Armadas e ‘tomá-la’, como, aliás, Evo Morales fez em 2006 com duas refinarias da Petrobras na Bolívia, com a ‘bênção bolivariana’ do então presidente do Brasil. A alegação de que a Petrobras já é eficiente pode ser assim retrucada: sim, você tem razão, mas poderia ser muito mais. E a lenga-lenga de que a empresa tem uma ‘função social’ (seja lá o que for isso) não passa de um pleonasmo enfeitado de boas intenções, uma vez que toda e qualquer empresa, privada ou pública, tem uma função dentro da sociedade, porque as atividades econômicas são também, por definição, sociais.”
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Revista Oeste
A Edição 113 da Revista Oeste vai além do texto de Ubiratan Jorge Iorio. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de Silvio Navarro, J.R. Guzzo, Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino, Ana Paula Henkel, Cristyan Costa, Bruno Freitas, Dagomir Marquezi, Flávio Gordon, Bruno Meyer, Salim Mattar, Gabrielle Bauer e Edimilson Migowski.
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A prova que “o petróleo é nosso” é só ver os preços controlados pelo mercado mundial.
Assim como todas as estatais, a esquerda não quer privatizar pois é fonte de corrupcão e cabide de emprego.