A economia da Alemanha registrou crescimento de 2,7% em 2021, na comparação com o ano anterior, segundo dados preliminares divulgados nesta sexta-feira, 14, pela Destatis (a agência oficial de estatísticas do país).
O resultado veio de acordo com as expectativas de analistas do mercado consultados pelo jornal The Wall Street Journal. Em 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) alemão havia recuado 4,6%.
“Apesar da continuidade da situação pandêmica, mais gargalos de oferta e escassez de materiais, a economia alemã conseguiu se recuperar da forte queda no ano passado”, afirmou o diretor-presidente da Destatis, Georg Thiel.
Apesar do bom resultado em 2021, o PIB da Alemanha ainda não alcançou o patamar pré-pandemia de covid-19, de fevereiro de 2020.
Na semana passada, o país anunciou uma taxa de inflação de 3,1% em 2021 — foi o índice mais alto desde 1993. As maiores taxas foram verificadas em energia (mais de 18%) e alimentos (6%). Para este ano, a previsão é de alta superior a 3%.
Assim como aconteceu em outros países europeus, os constantes aumentos no preço da energia e os problemas na cadeia de fornecimento provocados pela pandemia contribuíram para o aumento da inflação na Alemanha. Em dezembro do ano passado, a taxa fechou em alta de 5,3%, indo na contramão da média europeia, que caiu de 6% para 5,7% no período.
Segundo o Banco Central Europeu (BCE), a alta registrada em 2021 é apenas temporária. “Presumimos que a inflação tenha atingido seu ápice em novembro, com queda gradual no próximo ano”, declarou Isabel Schnabel, executiva do BCE. A meta de inflação do banco para 2022 é de 2%.