Conforme os dados divulgados hoje pelo IBGE, o desemprego no trimestre encerrado em maio fechou em 12,9% na Pnad Contínua
De acordo com a Pnad Contínua, divulgada nesta manhã pelo IBGE, a taxa de desocupação (desemprego) no trimestre que acabou em maio ficou em 12,9%. Esse valor é 1,2 ponto porcentual maior do que a taxa no trimestre encerrado em fevereiro, 11,6%. Em comparação ao mesmo trimestre de 2019, a taxa teve um crescimento de 0,6 ponto porcentual.
A população desocupada teve um aumento de 3,0%, ou 368 mil pessoas, em um total de 12,7 milhões. Esse valor é superior aos 12,3 milhões do trimestre anterior, mas abaixo do registrado em igual período de 2019, 13 milhões de pessoas desocupadas.
Em comparação com o último trimestre, o total da população ocupada caiu 8,3%, ou 7,8 milhões de pessoas, em um total de 85,9 milhões. Em relação ao mesmo trimestre de 2019, a população ocupada caiu em 7,0 milhões, 7,5%. Essas quedas são as maiores na história do levantamento realizado pelo IBGE.
Outra taxa que foi recorde, conforme esperado, é a composta de subutilização, que teve uma alta de 4 pontos porcentuais em comparação ao trimestre anterior e fechou em 27,5%.
O número de trabalhadores privados com carteira assinada no setor privado alcançou seu menor nível na série, indo para 31,1 milhões. Isso representa uma queda de 7,5% em comparação ao trimestre anterior, ou 2,5 milhões de trabalhadores, e de 6,4%, 2,1 milhões, no confronto com igual período de 2019.
Crise do coronavírus
O trimestre móvel encerrado em abril foi muito afetado pela pandemia do coronavírus. Com o objetivo de frear a propagação da doença, grande parte da economia nacional ficou completamente paralisada nesse período.
Como noticiado por Oeste, em abril houve um crescimento de 221% nos pedidos de seguro-desemprego em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram 748.484 pedidos de seguro-desemprego naquele mês.
Esse aumento do desemprego por conta da pandemia não é exclusividade do Brasil, pois grande parte das economias do mundo está sendo afetadas. Em abril, a taxa de desemprego nos EUA chegou a quase 15%, a maior desde a Grande Depressão, nos anos 1930.
No entanto, com a reabertura, como informamos, a economia norte-americana já demonstra que está se recuperando.
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