A série de indicadores fracos da economia divulgados recentemente, alguns abaixo das expectativas, revela sinais de desaceleração na atividade econômica, apontando para uma possível inflexão no ciclo de surpresas no crescimento do Brasil. A reportagem é do jornal O Estado de S. Paulo.
Embora a perspectiva de uma recessão técnica — dois trimestres consecutivos de contração do Produto Interno Bruto (PIB) — ainda não seja consenso, ela já aparece como cenário mais provável para economistas de pelo menos seis instituições: Bradesco, Ativa Investimentos, Monte Bravo, Nova Futura, Tendências e BV.
+ Leia mais notícias de Economia em Oeste
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde o final do ano passado mostram que, em novembro, as vendas no varejo e o volume de serviços caíram além do esperado.
Além disso, o Brasil gerou menos empregos formais em novembro do que o previsto: foram registrados 106,6 mil novos postos com carteira assinada, o menor saldo para o mês na série histórica iniciada em 2020, diante de uma expectativa mediana de 125 mil vagas. Na indústria, a produção apresentou retração acumulada de 0,8% nas duas últimas medições do IBGE, referentes a outubro e novembro.
Esses dados reforçaram a avaliação de analistas de que o crescimento acima do potencial da economia brasileira pode ter chegado ao limite.
A previsão é de desaceleração gradual, que provavelmente será notada no resultado do PIB do último trimestre de 2024, mas temporariamente mascarada pela safra recorde de grãos, especialmente soja, no primeiro trimestre deste ano.
Depois do fim do impulso proporcionado pela produção agrícola, especialistas preveem que a economia ficará mais vulnerável aos efeitos de juros elevados e à ausência de estímulos fiscais que impulsionaram o crescimento nos últimos dois anos. Nesse contexto, o risco de uma recessão técnica em algum momento de 2025 já aparece no radar do mercado.
O economista da consultoria Tendências Thiago Xavier afirma ao Estadão que, com o arrefecimento do impacto positivo da agricultura, as condições financeiras mais restritivas, decorrentes da política monetária apertada, passarão a pesar mais, juntamente com a redução dos estímulos fiscais devido à contenção de gastos prevista pelo arcabouço fiscal.
Leia também: “Boulos quer criar crime de ‘notícia falsa contra a economia popular’”
No cenário da Tendências, o PIB deve recuar 0,6% no terceiro trimestre e 0,2% no quarto trimestre.
BV também projeta recessão técnica da economia
O BV também projeta uma recessão técnica na segunda metade do ano, com uma queda de 0,5% no PIB do terceiro trimestre, seguida por um recuo de 1% nos últimos três meses. Já o Bradesco, em sua atualização mais recente, prevê duas retrações trimestrais consecutivas de 0,3% no segundo semestre de 2025.
Luciano Costa, economista-chefe da corretora Monte Bravo, acredita que o PIB deve começar a cair mais cedo, já no segundo trimestre, com um recuo de 0,5%. Ele projeta uma nova queda de 0,5% no terceiro trimestre.
Leia também: “Mercado sobe projeção e vê inflação em 5,08% em 2025”
“Essa queda da atividade é a transmissão da política monetária [contracionista] para, principalmente, os setores mais ligados ao crédito”, comenta Costa em entrevista ao Estadão. “Esse pedaço do PIB vai sofrer ao longo do ano.”
O jovem e brilhante deputado Nikolas Ferreira tem toda a razão. Ou o Brasil para o meliante Lula ou o meliante Nove para o Brasil.
Quando alguém culpa Bolsonaro eu elogia o atual governo, desconhecer a realidade de uma gestão: — que arrecada muito, gasta demais e não presta o serviço correspondente ao que recebe do pagador de impostos. Pior ainda, deixa a Nação com rombo, que por sua vez afeta a economia, desestabiliza o mercado, desvaloriza o dinheiro, gera inflação, afugenta investidores e delega o país a beira da falência. O povo não acredita mais nas propagandas milionárias na TV, onde tudo parece bem. Lula e a justiça superior estão desacreditados.
Esse governo colapsou…..já era.
O “Estado de São Paulo” deixou de ser um veículo sério e respeitado desde que passou a focar em mídia de oposição (assim como Revista Oeste).
São matérias de meias verdades e copos meios vazios, sempre pessimistas e nunca mostrando o Brasil como um todo.
Todos sabem (aceitando ou não) que o Brasil está em evolução, ainda que aquém do necessário, mas acima das principais economias do mundo.
É uma pena que Bolsonaro tenha feito uma gestão tão insignificante, pois fica fácil, por comparação, o governo atual superar.
Casa da Moeda “à vista”!!!
O governo gastou o q não tinha e turbinou o PIB. Acrescido ao desempenho do agronegócio, as coisas indicavam falsamente um céu de brigadeiro para q a quadrilha pudesse mentir a vontade sobre sua capacidade de fazer o país crescer. Mas agora a situação se reverte uma vez q o dinheiro acabou e tungar mais impostos está mais difícil. É a realidade da ciência econômica se impondo. E não vai adiantar o Pochmann fabricar números.