Os resultados do primeiro trimestre da Eletrobras — privatizada pelo governo Jair Bolsonaro em junho de 2022 — mostram que a companhia teve lucro de R$ 400 milhões nos três primeiros meses deste ano.
Conforme o balanço, divulgado na quinta-feira 4, a receita líquida foi de R$ 9,2 bilhões, e o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), R$ 4,9 bilhões, aumentos de 13% e 44%, respectivamente, em relação ao primeiro trimestre de 2022.
Em nota, a Eletrobras disse que “o resultado foi impactado por eventos decorrentes da capitalização, os principais deles sendo os encargos e a atualização monetária das contribuições à CDE e fundos previstos nos novos contratos de concessão de 30 anos”.
Nesses três meses, a companhia destacou os avanços na reestruturação, que incluiu um Plano de Demissão Voluntária (PDV). Com essa medida, a empresa registrou economia de R$ 121,5 milhões no trimestre. Entre janeiro e março, 435 pessoas se desligaram da companhia. Foi eleita nova estrutura de topo, com nomeação de executivos de mercado para 11 vice-presidências.
Os investimentos realizados cresceram 191%, em comparação ao primeiro trimestre do ano anterior, chegando a R$ 1 bilhão, informa a Eletrobras. A área de transmissão de energia teve um aumento de investimento de 97% em relação ao primeiro trimestre de 2022, totalizando R$ 472 milhões. A geração de energia, por sua vez, recebeu R$ 460 milhões em investimentos no período.
“A Eletrobras está passando por uma grande reestruturação após a sua capitalização, e a ampliação dos investimentos reforça a capacidade de criação de valor desta companhia mais moderna e competitiva, mantendo sua disciplina financeira e o foco em resultados para os nossos stakeholders“, afirmou o presidente da companhia, Wilson Ferreira Junior, na nota.
Governo Lula pretende rever privatização da Eletrobras
Enquanto a Eletrobras se estabiliza, depois da privatização, o governo prepara uma medida para reestatizá-la. A Advocacia-Geral da União (AGU), comandada por Jorge Messias, deve ajuizar uma ação para questionar, no Supremo Tribunal Federal (STF), a constitucionalidade da privatização da Eletrobras. A previsão é que seja protocolada nos próximos dias.
O objetivo é devolver à União o controle da empresa, mesmo sem deter a maioria das ações ordinárias (com direito a voto). A ação da AGU pretende impor o conceito de proporcionalidade nas decisões da empresa. Como a União ainda detém 40% de participação com direito a voto, ela recuperaria o controle.
Toda empresa que não estiver em mãos do governo dará lucro. Empresa pública serve somente para dar prejuízo ao erário e servir de cabide de emprego. Quando viraremos gente?
O governo quer voltar a privatizar a Eletrobras para virar cabide de empregos para os apoiadores, não interessa se vai dar lucro ou prejuízo.
COM CERTEZA VAI DAR PREJUÍZO.
Nossa, que maravilha. Peão desempregado, salarios miseráveis, ‘executivos’ contratados, dividendos milionários. Lucro para a empresa, miséria para os trabalhadores, como sempre.
Desculpe, me perdi na reportagem, onde está o parágrafo que menciona os salários atuais dos trabalhadores da empresa, quanto era, quanto está agora, quanto valorizou, quanto receberam de participação pelo ‘excelente lucro’, qual foi o benefício para a população, qual o percentual da redução de preços ao consumidor?? Jornalista vibra com ‘lucro’ de empresa privatizada e dividendos milionários para acionistas. Mas chora feito criança todos os dias com medo de ser ‘regulamentado’ – modo carinhoso para censura – e perder o SEU emprego na internet. O porrete no Chico só é festejado nas costas do Chico.