Sinalizando que a disputa deve parar na Justiça, a Embraer informou que buscará as “medidas legais” em relação a decisão da Força Aérea Brasileira (FAB) de reduzir, unilateralmente, a encomenda de unidades do cargueiro militar KC-390.
Em 2014, a FAB encomendou 28 aviões (R$ 11 bilhões em valores atualizados). Mas em abril deste ano, alegando restrições orçamentárias, a Aeronáutica divulgou a intenção de ficar com apenas 15 unidades. Na sexta-feira 12, as ações da Embraer fecharam em queda de 4,4%.
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“Tão logo seja formalmente notificada pela União, a companhia buscará as medidas legais relativas ao reequilíbrio econômico e financeiro dos contratos, bem como avaliará os efeitos da redução em seus negócios e resultados”, diz a empresa”, em nota divulgada na sexta.
No contrato, havia a possibilidade de o governo reduzir a encomenda em 25%, ou seja, para 21 unidades. A negociação se arrastou por sete meses até que, na quinta-feira 11, o comandante da FAB, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, informou ao jornal O Estado de S. Paulo que não houve consenso.
O KC-390 é um projeto da Força Aérea que, em 2009, contratou a Embraer para realizar o desenvolvimento da aeronave. Foram sete anos de estudo em parceira com Argentina, Portugal e República Tcheca para desenvolver o protótipo.
Bolsonaro
Em Dubai, onde cumpre agenda oficial, o presidente Jair Bolsonaro defendeu no sábado 13 a decisão da Aeronáutica de reduzir a compra de cargueiros militares KC-390 da Embraer.
“Conversei com o comandante da FAB, brigadeiro Baptista. Não tem como comprar tudo aquilo. Temos que ter uma frota que possamos manter operacional. E você não pode comprar um avião como se compra um carro e botar na garagem. Ele tem que se movimentar. Isso custa caro”, afirmou.
O Governo não é de natureza atemporal e monolítica. Estando sujeita a mudanças de conjunturas e sujeitas a adequações com a realidade como a remodelação de planos de acordo com as demandas por exemplo de ordem pandêmicas. Assim, há desvios entre as demandas das partes que serão inevitáveis mesmo.
É nisso que dá negociar com governo caloteiro. Leva-se anos para se desenvolver um projeto, constrói-se uns protótipos e testa o sucesso dos mesmos, faz-se as encomendas e agora sai fora do contrato alegando que não tem dinheiro? Isso é uma coisa só: Chama-se, MOLECAGEM!
Já comentei aqui um caso semelhante que aconteceu com um blindado de muito sucesso desenvolvido pela Engesa que na hora H o tal governo da época não deu o apoio necessário para a empresa e ela veio à falência. Isso jamais aconteceria se fosse nos EUA, por exemplo. Comprem sucata da China, corja de caloteiros!