No ano passado, as empresas brasileiras captaram R$ 596 bilhões entre emissões de renda fixa e renda variável do mercado de capitais (formado pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e instituições financeiras autorizadas). Na comparação com os níveis do mercado nacional de 2020, houve um aumento de 60%.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) a captação bateu recorde histórico da série.
Em relação ao mercado de capitais de 2019, o valor captado pelas empresas cresceu quase 40%. No mercado de capitais do exterior, as instituições captaram mais de US$ 25 bilhões, resultado quase 5% menor do que obtido em 2020.
Na renda fixa, houve destaque para as emissões de debêntures (títulos de dívidas), que chegaram a quase R$ 254 bilhões. Na comparação com 2020, esse valor mais que o dobrou.
As emissões de renda variável, principalmente em ações, foram bastante expressivas também. As companhias emitiram R$ 128 bilhões na categoria. Trata-se do maior aumento registrado em 10 anos.
“O balanço mostra que tivemos um ótimo ano para as captações das empresas. O grande destaque é a evolução do mercado como um todo. Não foi só uma classe de instrumentos que avançou”, disse o vice-presidente da Anbima, José Eduardo Laloni, em uma entrevista concedida na quarta-feira 12 ao site da associação.