De acordo com um levantamento da empresa Geofusion, a população do Rio Grande do Sul, afetada por enchentes em série, deve ter uma redução de R$ 125 bilhões em seu potencial de consumo até o fim de 2024.
Esse valor representa uma queda significativa em relação ao potencial inicial de R$ 375 bilhões para o mesmo período. Obtido através de projeções conservadoras, o cálculo considera 449 municípios atingidos, incluindo Porto Alegre.
Juntas, essas cidades eram responsáveis por 95% do orçamento previsto para ser gasto até dezembro no Estado. Antes da tragédia, o Rio Grande do Sul tinha o quarto maior potencial de consumo do país e estava atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Impacto setorial das enchentes
Nas áreas afetadas pelas inundações, as maiores projeções de gastos eram dos profissionais dos setores de serviços, industrial e comercial, representando 42%, 26% e 23% do mercado, respectivamente. De acordo com a empresa, o setor agropecuário, um dos pilares do Estado, representa apenas 4% dos atingidos.
“Tanto as doações quanto o auxílio-reconstrução serão essenciais para que o consumo não caia mais ainda”, explicou Isabela Albuquerque, gerente de produtos de dados da Geofusion.
Apesar disso, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) estimou em 2,7 milhões de hectares o solo que perdeu fertilidade a partir do impacto das inundações que afeteram o Estado gaúcho, em maio.
Produtores de 405 dos 497 municípios gaúchos relataram problemas. Ao site g1, Fernandes Muraro, que cultiva uvas em Flores da Cunha há quatro décadas, disse que não sabe como retomar o plantio depois das recentes inundações.
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