Nota técnica sobre indicador trimestral mostra que, apesar de negativo, resultado foi melhor que o de outros países emergentes
Após a divulgação da queda de 9,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a se mostrar confiante na retomada econômica do país.
“Isso é de impacto lá atrás”, avaliou o ministro. “Estamos decolando em V.”
O impacto foi explicado pelo Ministério da Economia em nota técnica que mostra que o Brasil ainda se saiu melhor que outras economias emergentes, como Chile, México e Índia, por exemplo.
Isso porque, ainda segundo a nota, governo federal e Congresso trabalharam para suavizar o impacto da pandemia de coronavírus na economia.
“O escudo de proteção social foi importante para evitar que muitos trabalhadores informais e famílias mais carentes ficassem desamparados no momento em que suas rendas foram severamente reduzidas”, aponta o documento.
Explicação da retomada
O levantamento também assinala que o pior momento para a economia se deu justamente no auge do confinamento social, em abril.
Depois disso, todos os dados começaram a melhorar, ainda que apenas os do comércio e agricultura (que nem sequer teve resultados negativos durante a pandemia) já tenham voltado a níveis anteriores aos da crise.
“Essa retomada em grande parte tem por base os estímulos das medidas governamentais adotadas, tais como o auxílio emergencial e o benefício emergencial, que tem ajudado a manter a renda e o emprego. Na mesma linha, as medidas de assistência às empresas, com facilitação do acesso ao crédito e financiamento, assim como flexibilização do recolhimento de tributos têm contribuído para a recuperação do ritmo de atividade no país”, segue a nota.
Por fim, o ministério defende que, para que seja possível manter a retomada em V, é preciso também continuar com as reformas já iniciadas no Congresso e incentivar a “expansão do setor privado”.