As tensões entre Washington e Pequim aumentaram por causa de divergências sobre o coronavírus
Representantes dos Estados Unidos e da China se comprometeram nesta sexta-feira, 8, a implementar o acordo comercial costurado entre as duas maiores potências econômicas mundiais.
O vice-primeiro-ministro da China, Liu He, conversou por telefone com o representante de comércio norte-americano Robert Lighthizer e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
Após tensões e discordâncias sobre a pandemia de coronavírus, os dois países demonstraram uma atitude mais conciliadora na área econômica.
O acordo EUA-China foi anunciado em 15 janeiro, depois de quase dois anos de guerra comercial.
Segundo o pacto, Washington deveria suspender os aumentos de tarifas e Pequim intensificar as compras de produtos norte-americanos em 200 bilhões de dólares durante dois anos, na comparação com os números de 2017.
Troca de acusações
Como registra a agência France-Presse, os sinais positivos contrastam com a dura troca de acusações entre os países nas últimas semanas devido à pandemia de covid-19.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou na semana passada impor novas tarifas comerciais à China, país que ele acusou de responsável pela pandemia e suas consequências econômicas.
O secretário de Estado, Mike Pompeo, afirmou no último domingo, 3, que tinha “enormes evidências” de que o vírus teria origem em um laboratório na cidade de Wuhan — uma declaração que a televisão pública chinesa classificou de “insana”.