Os dados preliminares do Ministério da Economia mostram que o Brasil está com volume recorde de negócios na balança comercial para o acumulado de 2022. Considerando o primeiro quadrimestre, há o maior registro tanto para o faturamento com exportações quanto para os gastos com importações.
A receita com as exportações brasileiras entre janeiro e abril fechou pouco acima de US$ 100 bilhões. Desse modo, o resultado é quase 25% maior que o do mesmo período no ano passado: cerca de US$ 80 bilhões. As importações, entretanto, cresceram em ritmo mais acelerado, próximo de 30%, indo de quase US$ 65 bilhões para pouco mais de US$ 80 bilhões.
Ainda assim, o saldo na balança comercial, diferença entre o que vendemos e compramos no mercado externo, somou US$ 1 bilhão a mais em comparação aos quatro primeiros meses de 2021. Atualmente, o resultado das contas externas está positivo em quase US$ 20 bilhões para 2022.
Principais países na balança comercial
Os cinco maiores consumidores dos produtores brasileiros no primeiro quadrimestre foram China (aproximadamente US$ 30 bilhões), Estados Unidos (cerca de US$ 10 bilhões), Argentina (mais de US$ 4 bilhões), Holanda (em torno de US$ 3 bilhões) e Cingapura (quase US$ 3 bilhões).
Para as nossas importações, o maior faturamento ficou com a China, próximo de US$ 18 bilhões. Os Estados Unidos também figuram em segundo lugar nesse ranking (perto de US$ 17 bilhões). Na sequência aparecem Alemanha e Argentina empatadas com US$ 3,6 bilhões, seguidas da Rússia (pouco mais de US$ 2 bilhões).
“A balança comercial brasileira é muito influenciada pelo agronegócio”, disse Hugo Garbe, economista-chefe da G11 Finance e professor do curso de Economia e Finanças da Universidade Mackenzie. “A gente percebe isso tanto em exportações quanto em importações. O Brasil é um grande celeiro, e a invasão da Ucrânia pela Rússia deixou o país um player ainda mais importante. O conflito entre esses dois países penaliza não só grande parte das importações e exportações do agro na Europa, mas também bloqueou alguns parceiros importantes, como a Polônia e outros países do Leste Europeu.”
Negócios em abril
Em abril, as transações do Brasil no mercado externo somaram quase US$ 50 bilhões. A maior parte é de receitas das vendas para outros países, que se aproximaram de US$ 30 bilhões. As importações atingiram pouco mais de US$ 20 bilhões.
“Os destaques de exportações também giram em torno da agropecuária, que cresceu 12,24%, totalizando US$ 8,24 bilhões”, disse Garbe. “O ponto importante é o incremento gerado pelos parceiros comerciais em suas compras. A Argentina, por exemplo, aumentou em quase 50% a participação, totalizando mais de US$ 1 bilhão. E os Estados Unidos também têm uma participação importante, cresceram nesse período mais de 30% na pauta comercial.”
Infelizmente o nosso País está totalmente dependente do agronegócio em termos de exportações, acredito que poderíamos incentivar a vinda de indústrias, apenas filiais de outros Países, dando-lhe incentivos fiscais, porém essas filiais só teriam incentivo para exportações e cujos produtos com no mínimo de 60% dos seus componentes produzidos internamente.
Também poderíamos alterar o incentivo para zona franca de Manaus, mantendo apenas para produtos voltados à exportação.
Um grande abraço e parabéns pelo belas e imparciais publicações e aproveito para me desculpar por não ser assinante, não pq bao desejo colaborar com uma empresa confiável, nas pq meu orçamento está apertado.
Esta é a vida de um aposentado!